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Engie vende fatia na TAG ao CDPQ para reciclar capital e investir em renováveis

A Engie Brasil Energia vendeu uma fatia de 15% na Transportadora Associada de Gás (TAG) ao fundo de pensão canandense CDPQ, que já era sócio da empresa e com isso vai a 50% de participação. O fundo vai pagar R$ 3,1 bilhões pela fatia, considerando a avaliação da TAG de R$ 37,5 bilhões.

Engie vende fatia na TAG ao CDPQ para reciclar capital e investir em renováveis

A Engie Brasil Energia vendeu uma fatia de 15% na Transportadora Associada de Gás (TAG) ao fundo de pensão canandense CDPQ, que já era sócio da empresa e com isso vai a 50% de participação. O fundo vai pagar R$ 3,1 bilhões pela fatia, considerando a avaliação da TAG de R$ 37,5 bilhões.

Para a Engie, a transação vai ajudar a reciclar capital para que a empresa possa avançar em seus planos de crescimento em energias renováveis e transmissão de energia. A participação na TAG continuará de 50%, dividida entre 32,5% da Engie S.A. e 17,5% da Engie Brasil Energia.

A venda “está alinhada ao nosso plano de investimentos em novas plantas renováveis e transmissão de energia, possibilitando a melhor alocação de capital nestes dois segmentos que estão no centro da nossa estratégia de crescimento”, disse Eduardo Sattamini, presidente da companhia.

A TAG foi privatizada pela Petrobras em 2019, quando a companhia vendeu 90% da transportadora de gás ao consórcio formado pela Engie e pelo CDPQ, por cerca de R$ 31,5 bilhões, mais R$ 2 bilhões em dívidas com o BNDES. Um ano depois, a Petrobras vendeu os 10% restantes por cerca de R$ 1 bilhão.

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Na ocasião, a aquisição foi justificada pelo plano de criar uma plataforma de investimentos em infraestrutura de energia, incluindo transmissão de energia elétrica e transporte de gás natural. A transação marcou a entrada da TAG no mercado de gás e, segundo a empresa, estava alinhada com sua estratégia global de liderar a transição energética, por meio de investimentos em infraestruturas de energia sofisticadas e em larga escala.

Desde então, porém, a Engie fez investimentos adicionais expressivos em geração de energia renovável e transmissão de energia elétrica, mas não em gás.

Estão em construção o Conjunto Eólico Santo Agostinho, no Rio Grande do Norte, de 434 MW, o Conjunto Eólico de Assuruá, na Bahia, que totalizará 846 MW de capacidade instalada, com entrada gradual em operação a partir do segundo semestre de 2024; e o Conjunto Fotovoltaico Assu Sol, também no Rio Grande do Norte, que chegará a 752 MW de capacidade instalada, com operação comercial integral prevista para o segundo semestre de 2025. 

Além disso, em 2023 a Engie deu início à mobilização das equipes para a implantação do projeto Asa Branca, que totalizará cerca de 1.000 km de linhas de transmissão entre os Estados da Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo.

A empresa comprou ainda 545 MW operacionais em cinco projetos de geração solar fotoltaica da Atlas Energia Renovável, transação que está em curso atualmente. Para isso, vai pagar R$ 3,24 bilhões, entre R$ 2,3 bilhões pagos à Atlas e R$ 971 milhões em dívidas que serão assumidas.