Após comprar 13 usinas solares da Raízen Gera Desenvolvedora, a Athon Energia planeja investir R$ 1 bilhão nos próximos dois anos para garantir a expansão em geração distribuída remota, com o desenvolvimento de novas plantas e parcerias ou aquisições (M&A, na sigla em inglês).
Em entrevista à MegaWhat, Breno Megale, sócio-diretor da companhia, afirmou que o foco será sair dos atuais 160 MWp de potência instalada para 250 MWp em 2024 e, na sequência, chegar próximo aos 600 MWp até meados de 2026.
“Devemos terminar esse ano com 250 MWp, considerando só os [projetos] orgânicos. Não estou colocando aqui novas transações. A gente tem apetite para M&A, tem algumas conversas acontecendo em diferentes estágios, [oportunidades] estão no nosso radar. Desde que as transações façam sentido, a gente deve avançar. […] Dependendo de como as coisas avançarem, dá para avançar além dos 600 MWp”, disse Megale.
Atualmente, a Athon está presente em oito estados e no Distrito Federal. Contudo, com a perspectiva de ampliação da capacidade instalada, a companhia prevê a entrada em mais seis estados nos próximos meses para atender a demanda de clientes.
Com atendimento direcionado para empresas de telecomunicações, bancos, varejistas/redes de franquia e cooperativas, Megale aponta que a maioria dos clientes buscam contratos de dez anos para apoiar sua migração para uma fonte renovável.
“No fim do dia, a gente desenvolve um projeto específico para o cliente, uma construção focada nele. No momento que eu tenho esse alinhamento, a gente faz o desenvolvimento”, afirma o executivo, ao falar sobre o crescimento da modalidade no Brasil.
A companhia, controlada por um Fundo de Investimentos em Participações em Infraestrutura (FIP-IE), formado por equity e dívida, iniciou uma oferta pública primária de 240,7 mil novas cotas classe A para pessoas físicas. De acordo com Breno Megale, o foco da captação é garantir investimento para o horizonte de 2025-2026, já que os investimentos de curto prazo “estão equalizados”.
Um dos principais acionistas da companhia é a gestora AZ Quest, que realizou um aporte de R$ 75 milhões por meio de ações preferenciais resgatáveis em 2023 para acelerar a agenda de M&As.
Compra de solares
A compra das usinas fotovoltaicas da Raízen Gera Desenvolvedora, joint venture entre a Raízen o grupo Gera, faz parte da estratégia da Athon de atender mais clientes. Com 50 MWp, as usinas podem gerar 100 mil MWh em 12 meses e possuem contratos firmados.
*Matéria atualizada às 15h30*