A Neoenergia implementou, no litoral norte do Rio de Janeiro, o sensor flutuante LiDAR (sigla em inglês para Light Detection and Ranging), para a coleta de dados das características do vento e do mar na região. O equipamento partiu do Porto do Açu, no município de São João da Barra, e foi instalado a cerca de 40 quilômetros da costa.
O sensor é capaz de medir remotamente, por feixes de laser, a velocidade e a direção do vento, a partir da movimentação de partículas do ar, em faixas que variam de 10 a 300 metros de altura. Também é possível obter informações relacionadas a correntes marítimas, aspectos das ondas, temperatura da água do mar, pressão e umidade entre outras referências. Os dados são transmitidos em tempo real via satélite.
Neoenergia e Prumo, controladora do Porto do Açu, assinaram um memorando de entendimento (MoU) em 2022 para pesquisas relacionadas a projetos de geração de energia eólica offshore e hidrogênio verde.
O sistema LiDAR já é utilizado pela Petrobras para medições de ventos, em plataformas próprias e na área do pré-sal, em parceria com a Shell Brasil, TotalEnergies, CNPC e CNOOC, e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Porto do Açu em novo MoU, desta vez com Corio
A Prumo assinou novo MoU para estudos relativos ao desenvolvimento de eólicas offshore, desta vez com a Corio Generation. O acordo prevê a reserva de uma área exclusiva para instalação, operação e manutenção de parques eólicos da Corio no Porto do Açu. O MoU foi firmado nesta quarta-feira, 27 de março, durante o evento Brazil Offshore Wind Summit.
No Brasil, a Corio tem cinco projetos de eólicas offshore, que totalizam cerca de 6 GW. Os parques são planejados com fundo fixo e potência de cerca de 1,2 GW cada, e foram registrados nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul do país. Globalmente, o portfólio da empresa está na casa dos 30 GW.
O MoU se junta a outros acordos já assinados pela Prumo para o estudo de projetos de eólicas offshore no Porto do Açu. Algumas das empresas que já firmaram parceria com o porto são a EDF, TotalEnergies e Shell.