FIP Phoenix, de Nelson Tanure, derrota EDF e leva Emae com ágio de 33,68% em leilão de privatização

Camila Maia

Autor

Camila Maia

Publicado

19/Abr/2024 19:06 BRT

Categoria

Empresas

O FIP Phoenix, que tem entre seus cotistas o investidor Nelson Tanure, arrematou o controle da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) no leilão de privatização realizado nesta sexta-feira, 19 de abril, ao oferecer um preço por ação de R$ 70,65, ágio de 33,68% em relação ao preço mínimo do edital, de R$ 52,85 por ação.

No certame, foram ofertadas, em lote único, 14,7 milhões de ações, sendo 14,4 milhões de ações detidas pelo Estado de São Paulo diretamente, e outras 350 mil ações da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô).

Fizeram propostas as empresas Matrix (sem ágio), EDF Brasil (R$ 56,30, ágio de 6,53%) e o FIP Phoenix (R$ 58,15, ágio de 10,03%). As três proponentes foram habilitadas ao pregão viva-voz, que teve 53 rodadas e terminou com a oferta vencedora do FIP Phoenix. A última oferta da Matrix foi de R$ 59,20 (ágio de 12,02%) e, depois disso, a disputa avançou entre EDF e Phoenix até o desfecho.

Pelo preço mínimo, o desembolso do vencedor seria de cerca de R$ 780 milhões, mas como a disputa levou ao ágio significativo, o fundo vai pagar mais de R$ 1 bilhão pelo controle da empresa, que tem como sócia minoritária a Eletrobras, com 39,02% do seu capital social, sendo 64,82% das ações preferenciais. 

A Emae opera cinco usinas, que somam 960,8 MW de potência, sendo a maior dela da hidrelétrica centenária de Henry Borden, de 889 MW de potência, e cuja concessão vence em 2043. A usina está enquadrada no regime de cotas, instituída pela Lei 12.783/2013. Também são da Emae as usinas Pirapora, Porto Góes e Rasgão. A empresa também opera o serviço de travessia da represa Billings e o canal do rio Pinheiros, em São Paulo.