A 2W Ecobank informou que aceitou uma proposta não vinculante da Matrix Energia para avaliar, com exclusividade pelos próximos 30 dias, uma proposta de aquisição do controle da companhia.
A comercializadora e geradora renovável esclareceu que está avaliando as estruturas possíveis para implementar a venda do controle para a Matrix.
Em 2022, a gestora de investimentos Prisma Capital e a DXT International, que controlava a Matrix desde 2018, chegaram a um acordo para a fusão dos seus negócios em energia elétrica no Brasil e a criação de uma joint venture por meio da holding Matrix, com capitalização inicial de R$ 1 bilhão.
Com isso, a Matrix ganhou fôlego para ampliar sua participação no mercado livre de energia, com foco em renováveis e distribuição digital de energia, incluindo varejo e geração centralizada e distribuída.
Desde então, a companhia tem feito investimentos expressivos em novos negócios, como baterias para armazenamento de energia, e chegou a disputar a aquisição da Emae no leilão de privatização realizado pelo governo de São Paulo em abril.
A 2W Energia, por sua vez, vem enfrentando uma crise há alguns meses, diante do atraso de alguns projetos e de problemas com o preço da energia vendida e o custo da dívida da empresa para construir seus empreendimentos. Segundo o Faria Lima Journal, a companhia passou a buscar um sócio após enfrentar um “desencaixe de curto prazo”, atribuído aos planos frustrados em realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO).
Na entrevista, o CEO da 2W, Claudio Ribeiro, disse que a negociação para entrada de um sócio deveria envolver uma capitalização de R$ 500 milhões a R$ 600 milhões na companhia, o que proporcionaria liquidez da ordem de R$ 300 milhões.