Eólica

Petrobras vai revisar piloto de eólica offshore e quer aproveitar Termoaçu para hidrogênio

Aproveitando a vantagem competitiva de suas instalações em alto mar, a Petrobras deve revisitar seu plano estratégico para prever a utilização de plataformas que estão em hibernação, equipamentos e até a planta piloto de eólica offshore para a produção de hidrogênio verde. O plano também inclui a exploração da termelétrica Termoaçu (367,8 MW), no município de Alto do Rodrigues, no Rio Grande do Norte.

Petrobras vai revisar piloto de eólica offshore e quer aproveitar Termoaçu para hidrogênio

Aproveitando a vantagem competitiva de suas instalações em alto mar, a Petrobras deve revisitar seu plano estratégico para prever a utilização de plataformas que estão em hibernação, equipamentos e até a planta piloto de eólica offshore para a produção de hidrogênio verde. O plano também inclui a exploração da termelétrica Termoaçu (367,8 MW), no município de Alto do Rodrigues, no Rio Grande do Norte.

A ideia é retomar esses projetos pilotos interrompidos em uma nova década, com inovação tecnológica e aliada a sua intenção em avançar na transição energética. Essa nova visão do plano estratégico considera o projeto de lei aprovado pelo Senado Federal, de autoria de Jean Paul Prates, então senador, e agora presidente da Petrobras.

No projeto de lei, que aguarda avaliação da Câmara dos Deputados, está prevista a prioridade para as empresas que já possuem blocos exploratórios ou instalações de petróleo na escolha de projetos de geração em área com concessão.

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“E isso vai nos beneficiar nos projetos piloto, porque a gente tem medição, tem instalação no mar, plataformas dormentes, no litoral do Ceará, do Rio Grande do Norte, e nós vamos usar. Por isso, a Petrobras tem uma vantagem competitiva e até em relação ao hidrogênio. A gente vai poder fazer uma revisão geral do uso da Termoaçu, pelo fato dela ter outorga de água, e que vai ter operação”, disse Jean Paul.

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Na próxima segunda-feira, 19 de junho, a Petrobras retoma a operação de sua sede no estado e a expectativa é que a nova então já esteja trabalhando nesses projetos. Nesta sexta, 16, a empresa assinou um protocolo de intenções com o Senai-RN para desenvolver ações e estratégias voltadas à transição energética, as fontes renováveis e a descarbonização do Brasil.

O diretor de Transição Energética da Petrobras, Maurício Tolmasquim, também falou sobre as oportunidades da exploração eólica offshore pela companhia, que investiria menos recursos do que empresas que não são do segmento de petróleo.

“Existe uma sinergia muito grande entre o que a indústria do petróleo faz no mar e a de eólica offshore. Tem equipamentos que são comuns, expertises que podem ser compartilhadas. Então o custo para uma petrolífera explorar eólica offshore é diferente de outras empresas”, apontou Tolmasquim.

Questionado sobre o preço da geração, o diretor lembrou de quando estava no governo e realizou o primeiro leilão de eólica, em 2009, e a queda do preço até hoje. “Hoje pode ser que o preço da eólica offshore esteja caro, mas a tendência é cair e se você não olha o futuro, se fica preso ao presente, perde a oportunidade”.