A Equatorial Energia vendeu a totalidade das ações da Equatorial Transmissão S.A. para a Verene Energia S.A., controlada pela canadense CDPQ, em uma transação que pode chegar a R$ 9,395 bilhões. Essa é a segunda transação envolvendo as empresas em menos de um ano.
Em comunicado divulgado na noite de sexta-feira, 5 de abril, a empresa destacou que o valor previsto para a operação considera um equity value de até R$ 5,188 bilhões na data-base de 30 de junho de 2025, corrigido pelo CDI da data-base até o efetivo fechamento. Além disso, o ativo de transmissão da empresa possui uma dívida líquida de R$ 2,862 bilhões em dezembro de 2024, sendo que a dívida líquida projetada para data-base (junho/25) será ajustada por efeitos de pagamento dos dividendos declarados e redução de capital do caixa excedente.
Venda de Ativos e Reorganização Societária
Segundo a Equatorial, os ativos vendidos para a Verene foram adquiridos em leilões de 2016 e 2017 e “formam um portfólio representativo e de grande qualidade e rentabilidade no setor”.
“Com este movimento, a Equatorial conclui um ciclo muito rentável de alocação de capital no segmento de transmissão. A transação permite à companhia seguir com sua estratégia de otimização da estrutura de capital e avançar em novas estratégias”, disse Leonardo da Silva Lucas Tavares de Lima, vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da Equatorial Energia, em nota.
Notícias Relacionadas
Impasse
Amazonas Energia e Aneel não chegam a acordo em audiência de conciliação
A primeira audiência de conciliação entre a Amazonas Energia e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) terminou sem avanços, com o colegiado da autarquia tendo o prazo de dez dias para chegar a um consenso sobre a transferência de controle da distribuidora amazonense para a Âmbar Energia, do grupo J&F. O encontro foi promovido […]
Operação
CMSE aprova estudos para flexibilizar operação e reduzir curtailment
Medidas vão ajudar a aumentar capacidade de envio de energia do Nordeste ao Sudeste, reduzindo os cortes de geração renovável.
Lima ainda destacou que os recursos da operação poderão ser utilizados tanto para aceleração da trajetória de desalavancagem, fruto das aquisições recentes, quanto para a busca de oportunidades orgânicas e inorgânicas, assim como para o eventual pagamento de proventos aos acionistas.
Como parte da estrutura da operação de venda, a Equatorial diz que haverá reorganização societária para segregação da Echoenergia Participações S.A., Echoenergia Crescimento S.A. e Equatorial Renováveis S.A., de acordo com o perímetro da transação.
A operação está sujeita a aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e de determinados credores.
