O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu, em reunião na última terça-feira, 6 de abril, manter a diretriz de adoção de medidas excepcionais para a menor degradação dos armazenamentos dos reservatórios hidrelétricos determinada em março. Na prática, a estratégia prevê a geração térmica adicional de até 15 mil megawatts (MW) médios ao longo deste mês, podendo ser acrescida de importação de energia.
A avaliação das principais autoridades do setor elétrico é que, a exemplo de março, o cenário ainda merece atenção, devido à permanência de afluências abaixo da média histórica na maior parte do país. No encontro, foi destacada a ocorrência da pior afluência em 91 anos de histórico para o período dos últimos sete meses encerrados em março.
Para os próximos dias, a perspectiva é de chuvas esparsas na região Sudeste, sem perspectiva de volumes significativos no país, comportamento que tipicamente caracteriza a transição para o período seco.
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O colegiado também determinou que o preço máximo de importação de energia elétrica sem substituição a partir da Argentina ou do Uruguai permanecerá limitado ao custo variável unitário da usina termelétrica Termomacaé, podendo ser adotado novo limite conforme reavaliações a serem realizadas em reuniões técnicas do CMSE.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também foi autorizado a programar o despacho de usinas termelétricas a gás natural liquefeito (GNL) com antecipação de dois meses, considerando o custo variável unitário (CVU) proveniente dos contratos assinados no ambiente de contratação regulada (ACR).
Apesar do cenário crítico, o comitê reiterou a garantia do suprimento de energia elétrica no país em 2021.
