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Mesmo com subsídios, EUA não conseguirá competir com Brasil na transição energética, afirma Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira, 27 de setembro, que os Estados Unidos tem buscado atrair investimentos de empresas brasileiras no país, mas que não teria condição de competir com o Brasil nas questões que envolvem a transição energética e as fontes renováveis.

Mesmo com subsídios, EUA não conseguirá competir com Brasil na transição energética, afirma Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira, 27 de setembro, que os Estados Unidos tem buscado atrair investimentos de empresas brasileiras no país, mas que não teria condição de competir com o Brasil nas questões que envolvem a transição energética e as fontes renováveis.

Apesar do volume de subsídios oferecidos pelos norte-americanos, por meio do Inflation Reduction Act (IRA), o presidente defendeu em discurso na cerimônia de assinatura de contratos de concessão do primeiro leilão de linhas de transmissão de 2023, que o Brasil será a “menina dos olhos do mundo”, em função de sua importância e do seu “imbatível” potencial de aproveitamento de energia renovável. 

“Não tem outro assunto discutido no mundo que não seja a questão climática. E dentro da questão climática, a questão energética. E dentro da questão energética, a transição de uma energia fóssil para uma energia limpa. Nesse aspecto o Brasil se torna a menina dos olhos do mundo, e é nesse aspecto que o Brasil pode se transformar em um país imbatível do ponto de vista de competitividade”, afirmou Lula. 

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Leilão de transmissão 

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No evento, o presidente frisou a importância das linhas de transmissão de energia para o país ao relembrar do apagão de 2001.  

“A gente não pode ter linha de transmissão sem produção de energia e vice-versa, queremos fazer o casamento. Vocês estão lembrados do apagão de 2001, a gente não tinha um sistema interligado, então você tinha excesso de água numa região e não tinha linha de transmissão para transportar energia, e agora a gente tem”, pontuou. 

No total, o leilão de transmissão envolveu empreendimentos a serem construídos em seis estados: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e Sergipe. O prazo para operação comercial dos empreendimentos varia de 36 a 66 meses, para concessões por 30 anos, contados a partir da celebração dos contratos. 

Foram vendidos no leilão, ao todo, nove lotes, com 50,97% de deságio médio sobre as Receitas Anuais Previstas (RAP) para os agentes vencedores. Juntos, os lotes preveem a construção, operação e manutenção de 6.184 quilômetros de linhas de transmissão e subestações com capacidade de transformação de 400 MVA. 

“O presidente Lula nos determinou que avançássemos na transição energética, mas que ela fosse justa e inclusiva. Seguindo essa determinação, em junho realizamos o maior leilão de linha de transmissão desse país, R$ 16 bilhões em investimentos”, destacou o ministro Alexandre Silveira, que também esteve presente na cerimônia.