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ONS adota operação conservadora do SIN e marca reunião com agentes para consolidar informações

O Sistema Interligado Nacional (SIN) está sendo operado em condições mais conservadoras para garantir a segurança do atendimento, com a redução no carregamento das linhas de transmissão e a postergação de manutenções programadas. A medida foi informada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), em função do desligamento “desproporcional” ocorrido em 15 de agosto, e que separou o sistema em três áreas elétricas.

ONS adota operação conservadora do SIN e marca reunião com agentes para consolidar informações

O Sistema Interligado Nacional (SIN) está sendo operado em condições mais conservadoras para garantir a segurança do atendimento, com a redução no carregamento das linhas de transmissão e a postergação de manutenções programadas. A medida foi informada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), em função do desligamento “desproporcional” ocorrido em 15 de agosto, e que separou o sistema em três áreas elétricas.

Para o controle do fluxo Nordeste/Norte, os valores verificados para as gerações hidráulica, eólica e solar fotovoltaica têm sido inferiores aos programados. Do dia da ocorrência para o seguinte, o fluxo entre os submercados foi reduzido de 10.236 MW para 7.700 MW.

A causa inicial que deixou mais de 27 milhões de consumidores sem energia em 25 estados brasileiros na data aconteceu na linha de transmissão 500kV Quixadá II/Fortaleza II, da Chesf, por atuação indevida do sistema de proteção, milissegundos antes da ocorrência, às 8h31, envolvendo o Sistema Interligado Nacional (SIN). O evento foi confirmado pela própria Eletrobras.

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“Na avaliação inicial, demonstrada às instituições do setor elétrico, a equipe técnica do ONS reiterou que um evento dessa natureza, de forma isolada, não seria suficiente para ocasionar a interrupção de energia elétrica observada na ocorrência em questão. O desligamento refletiu desproporcionalmente em equipamentos adjacentes e ocasionou oscilações elétricas (tensão e frequência) no sistema das regiões Norte e Nordeste”, diz o ONS em nota.

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Neste momento, o Operador está recebendo documentos para avaliação e realização de um diagnóstico mais aprofundado e detalhado sobre a situação. A avaliação detalhada da ocorrência, da causa raiz, sequência de eventos, desempenho das proteções, dentre outros fatores, bem como as recomendações e providências, constarão no Relatório de Análise de Perturbação (RAP), conforme estabelecido em Procedimentos de Rede, previamente aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Na sexta-feira, dia 25 de agosto, está agendada a primeira reunião com a participação do MME, da Aneel e dos agentes de geração, transmissão e distribuição para avaliar as informações consolidadas enviadas pelos envolvidos na ocorrência e, assim, ser iniciada a elaboração do documento. Uma segunda rodada já está previamente marcada para 1º de setembro. O relatório será concluído em até 45 dias úteis.

De acordo com o Operador, estão em análise os desligamentos de equipamentos incluindo cerca de 3 mil arquivos de mais de 250 subestações.