Lula e Peña dizem estar dispostos a superar divergências sobre preço da energia de Itaipu

Natália Bezutti

Autor

Natália Bezutti

Publicado

15/Jan/2024 19:47 BRT

Os presidentes do Brasil e do Paraguai disseram estar dispostos a encontrar uma solução conjunta para as divergências sobre o preço da energia da hidrelétrica Itaipu Binacional, com uma reunião prevista para os próximos dias para rediscutir o assunto.

“Disse ao companheiro Peña que nós vamos rediscutir a questão das tarifas. Temos divergência na tarifa, mas estamos dispostos a encontrar uma solução conjuntamente e nos próximos dias nós vamos voltar a fazer uma reunião”, disse o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva em declaração a jornalistas após agenda com o presidente do Paraguai, Santiago Peña, nesta segunda-feira, 15 de janeiro.

O tratado assinado entre Brasil e Paraguai para a construção da usina determinava que o Anexo C, documento que trata das condições de comercialização da energia gerada na hidrelétrica binacional, fosse renegociado 50 anos depois da sua assinatura, em 1973. Por isso, o mercado aguardava que alguns termos dessa negociação já fossem conhecidos em 2023, tendo o ano terminado sem o avanço da questão.

“Nós iremos fazer uma revisão e eu tenho muito interesse que isso seja feito o mais rápido possível e que a gente possa trabalhar para apresentar, tanto ao Paraguai quanto ao Brasil, uma solução definitiva de novas relações entre Paraguai e Brasil na gestão da nossa importante empresa de Itaipu”, completou Lula.

Ao lado do presidente brasileiro, Santigo Peña destacou o pagamento da dívida de construção de Itaipu em fevereiro de 2023 como uma “data histórica”, com os objetivos de construção, operação e pagamento atingidos.

“Paraguai e Brasil são campeões do mundo em geração de energia elétrica, mas temos que olhar para o futuro, e eu sou muito ambicioso no que nós podemos atingir. A reunião de hoje foi muito importante, falamos de muitos temas, transmitimos a visão do Paraguai e escutamos a posição do Brasil, que tem muito para contribuir nesse processo”, disse Penã.