Flexibilização de restrições hidráulicas e outras medidas asseguram abastecimento, diz ONS

Rodrigo Polito

Autor

Rodrigo Polito

Publicado

07/Jun/2021 12:40 BRT

Categoria

Hídrica

Responsável pela coordenação, no âmbito do setor elétrico, das medidas de flexibilização de restrições hidráulicas junto à Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e ao Ibama, para garantir a segurança da operação das hidrelétricas, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) avalia que a medida, junto com outras ações em curso, vai garantir o fornecimento de energia e potência ao país este ano.

Em nota técnica sobre as condições de suprimento no segundo semestre, apresentada ao Ministério de Minas e Energia (MME) e à ANA e que se tornou pública na última semana, o ONS alertou para a possibilidade de oitos reservatórios hidrelétricos (Furnas, Mascarenhas de Moraes, Marimbondo, Água Vermelha, Nova Ponte, Emborcação, Itumbiara e São Simão) terem o nível de armazenamento zerado ou muito próximo de zero no fim de novembro. O alerta serviu de embasamento técnico para a aprovação da flexibilização das restrições hidráulicas nas bacias dos rios São Francisco e Paraná.

“O único cenário em que há risco de déficit é o cenário de referência, utilizado para demonstrar que ações precisavam ser tomadas com o intuito de evitar essa ocorrência. Sendo assim, diversas medidas foram aprovadas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico [CMSE] e já estão em curso, o que faz com que esse cenário não se concretize e se garanta o fornecimento de energia e potência em 2021”, informou o ONS, em nota.

Segundo o operador, além da flexibilização das restrições hidráulicas, outras medidas em curso são o aumento da geração térmica e da garantia do suprimento de combustível para essas usinas; a importação de energia da Argentina e do Uruguai, e uma campanha de uso consciente da água e da energia.

Na nota técnica, o ONS lembra que, no início de maio, o CMSE determinou que o operador coordenasse, pelo setor elétrico, as tratativas com vistas à flexibilização de restrições hidráulicas, junto aos demais órgãos, incluindo a ANA e o Ibama, e aos agentes setoriais, “de forma a garantir a governabilidade das cascatas hidráulicas no país, uma vez que foi reconhecida a severidade da atual situação hidro energética das principais bacias hidrográficas do SIN, que registrou o pior período hidrológico de setembro de 2020 a abril de 2021”.

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