O Brasil, em conjunto com a Austrália, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Israel, Itália e Reino Unido iniciou nesta terça-feira, 29 de novembro, o debate global sobre certificação do hidrogênio no Comitê Internacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica (Cigre).
O programa, idealizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), abordará, em âmbito internacional, quais os atributos que serão considerados para definir o hidrogênio como renovável, os critérios mínimos de certificação do insumo e as diretrizes que serão usadas por empresas para que o hidrogênio e seus derivados sejam comercializados, até 2024.
Para Ricardo Gedra, gerente de Análise e Informações ao Mercado na CCEE, o Brasil tem potencial para se tornar um dos maiores exportadores do insumo e, portanto, precisa ter voz no debate global sobre o tema.
“Nós já somos líderes em produção de energia renovável, uma peça-chave para ajudar o planeta, principalmente aqueles países com metas ambiciosas de descarbonização. Agora, nós vamos defender, no âmbito internacional, interesses que certamente vão atrair novos negócios, gerar emprego e renda para a população, além de manter o nosso setor elétrico como um dos mais sustentáveis”, diz Gedra.
Na visão da CCEE, a participação do país na esfera global fará com que as definições estabelecidas aqui estejam aderentes ao que está sendo praticado ao redor do mundo. O debate será relevante também para a regulação do hidrogênio no Brasil, que está ocorrendo no Programa Nacional do Hidrogênio, liderado pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
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MegaCast Convida: Para entender um pouco mais sobre esse assunto, a MegaWhat conversou com o gerente de Análise e Informações ao Mercado da CCEE, Ricardo Gedra, que participa diretamente dessas discussões.