Plano do hidrogênio tem foco inicial na transição energética, diz Barral

Poliana Souto

Autor

Poliana Souto

Publicado

15/Dez/2022 18:49 BRT

Categoria

Hidrogênio

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Ministério de Minas e Energia (MME) apresentaram nesta quinta-feira, 15 de dezembro, o Painel de Dados sobre Hidrogênio constante no  Plano de Trabalho Trienal 2023-2025 do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2). Segundo Thiago Barral, presidente da EPE, o programa focará na transição energética, mas por enquanto, não considera abordar metas sólidas. 

“Há nas políticas públicas estabelecimento de metas, como capacidade instalada, mas muitas vezes sem a solidez de fatores, que vão viabilizar aquelas metas. O PNH2 foi construído para não cair nessa armadilha e vai evoluir para atender as transformações do ambiente em que ele se insere”, disse Barral. 

O executivo também destacou que o programa não está baseado em subsídios do governo, mas que tem investimentos de P&D de iniciativas estabelecidas, de qualificação e formação profissional em universidades parceiras, desenvolvimento de estudo de aprimoramento de marcos regulatórios e esforços de cooperação internacional. 

Sobre a cooperação internacional, Renato Godinho, chefe da divisão de Energia Renovável do Ministério das Relações Exteriores (MRE), contou que o plano vai focar no desenvolvimento do mercado de exportação e certificações, em estímulos de formação profissional e prospecção de recursos financeiros de investidores internacionais, que tenham interessem em contribuir para desenvolvimento da cadeia de hidrogênio no Brasil.  

“A cooperação internacional terá que ser feita como uma troca, compartilhar nossas experiências e ouvir as experiências deles, sempre com a visão de entender quais as potencialidades do país, quais nossas características, procurar entrar no que vai dar certo para evitar possíveis erros”, disse Godinho. 

Já Samira Campos, coordenadora-geral de Eficiência Energética do MME, informou que o plano estudará os possíveis usos do hidrogênio em conjunto com fontes renováveis e não renováveis para verificar sua aplicabilidade no setor elétrico, mas também no mercado industrial, nos centros urbano, em edificações e os possíveis impactos socioambientais.