Os leilões de energia existente realizados nesta pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) nesta sexta-feira, 1º de dezembro, negociaram um total de 751 MW médios, uma demanda maior que a média dos últimos leilões do tipo A-1 e A-2, indicando que as distribuidoras estão ajustando seus portfólios para a demanda projetada com menor antecipação devido às incertezas futuras.
O A-1, cujo suprimento terá início em 1º de janeiro de 2024 e fim em 31 de dezembro de 2025, negociou 473 MW médios, totalizando 8.298 GWh, ao preço médio de R$ 90,97/MWh, deságio de 9,03% em relação ao preço máximo do edital, de R$ 100/MWh. A Enel apareceu como destaque nas duas pontas, como maior compradora e também vendedora.
Já o leilão A-2, que envolveu contratos com início em janeiro de 2025 e término em dezembro de 2026, negociou 278 MW médios, totalizando 4.870 GWh, ao preço médio de R$ 117,22/MWh, deságio de 21,85% ante o teto, que era de R$ 150/MWh. A Enel São Paulo também foi a maior compradora, e as distribuidoras da Equatorial também foram destaque.
A-1
As maiores compradoras no certame foram as distribuidoras Enel São Paulo, que contratou 3.066 GWh, e a Enel Ceará, com 3.206 GWh. Na sequencia, aparece outra distribuidora do mesmo grupo, a Enel Rio, que contratou 788 GWh.
Também contrataram energia no leilão as distribuidoras Equatorial Pará, Equatorial Maranhão e Equatorial Piauí, com respectivamente 195,38 GWh, 749,6 GWh e 291,6 GWh.
Na ponta vendedora, a Enel Trading também liderou o leilão, com a venda de 2.947 GWh, divididos entre 1.754 GWh gerados no Norte e mais 1.192 GWh gerados no Nordeste.
A Gold Energia vendeu 1.403 GWh, e o BTG Pactual negociou um total de 1.754 GWh. A Alupar vendeu 877 GWh, e a EDP vendeu 964 GWh. Por fim, negociaram energia no certame o Itaú e a Squadra, cada um com 175,44 GWh.
A-2
A Enel São Paulo foi a maior compradora de energia do leilão A-2, ao contratar 1.747 GWh. A Equatorial foi o maior destaque na ponta compradora, com demanda de 2.773 GWh por meio de quatro distribuidoras.
A Equatorial Alagoas contratou 223 GWh; a Equatorial Pará ficou com 1.113 GWh; a Equatorial Maranhão comprou 985 GWh; e a Equatorial Piauí ficou com 451,6 GWh.
Também apareceu na ponta compradora a CPFL Jaguari, que contratou 349,4 GWh.
A maior vendedora neste certame foi a Gold Energia, com 2.067 GWh. O BTG Pactual, a EDP e a CTG venderam cada um 700,8 GWh. Por fim, o Itaú e a Safira venderam 350,4 GWh cada um.
(Atualizado em 01/12/2023, às 12h com o resultado do A-2)