Alta de 39% do preço do gás natural para distribuidoras impactará consumidor, diz especialista – Edição da Tarde

Thereza Martins

Autor

Thereza Martins

Publicado

07/Abr/2021 18:05 BRT

Categoria

MegaExpresso

Os consumidores de gás natural vão sentir o impacto do aumento do preço para as distribuidoras e não há como evitar o efeito negativo no bolso dos compradores finais, segundo o professor do Instituto de Energia da Pontifícia Universidade Católica (PUC), Edmar Almeida. Ele afirma que, apesar da margem das distribuidoras não ser determinada pelo valor do gás que é comprado, o preço pago à Petrobras é integralmente repassado aos consumidores.

O acréscimo de 39% anunciado na segunda-feira (05/04) pela estatal também pode causar dificuldades em alguns segmentos do mercado, como no caso do gás natural veicular (GNV). Segundo Almeida, o novo reajuste pode retirar a competitividade do GNV em relação a outros combustíveis, como etanol e gasolina, já que o preço dos energéticos concorrentes não sobe necessariamente ao mesmo tempo que o do gás e, dessa forma, a diferença nos postos de combustíveis pode ficar pequena. (CNN Brasil – o link inclui reportagem em vídeo)

Cigás afirma que não repassará aumento de preço do gás natural aos consumidores do Amazonas

O reajuste no preço do gás natural para distribuidoras, anunciado pela Petrobras na segunda-feira (05/04), não será repassado aos consumidores amazonenses, informa a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), concessionária de serviços de distribuição de gás natural no estado.

A companhia comunica que o reajuste não será aplicado à tabela tarifária vigente da empresa, que abrange os segmentos termelétrico, industrial, comercial, veicular e residencial. A Cigás ressalta que o novo aumento, da ordem de 39%, abrangerá contratos de fornecimento firmados pela estatal, cujo preço da molécula de gás está vinculado à cotação do petróleo no mercado internacional e à taxa de câmbio, os quais passam por revisão trimestral.

Ainda de acordo com a companhia amazonense, o contrato firmado com a Petrobras em 2006 é baseado em condições diferenciadas de reajuste de preço e fundamenta-se exclusivamente na variação dos índices de inflação. Outro aspecto diferenciado é quanto à periodicidade dos reajustes, que ocorrem anualmente: no mês de novembro (molécula) e em janeiro (transporte). (portal Amazonas Atual)

Disputa por fatias do bolo da Eletrobras ameaça privatização

De acordo com análise do jornal O Estado de S. Paulo, desde que o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), relator da medida provisória (MP) da Eletrobras, anunciou que apresentará proposta de fatiar a companhia para privatização direta, como alternativa à capitalização que a prepararia para a venda, vem se formando no governo a convicção de que o fatiamento pretendido é outro.

Estaria em jogo a possibilidade de recalibrar a divisão dos R$ 60 bilhões que a União espera receber dos novos acionistas, ao longo de 30 anos. Hoje, de acordo com o projeto apresentado pelo executivo federal, em números redondos, a divisão é a seguinte: R$ 25 bilhões para a União, no ato; R$ 25 bilhões para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), em depósitos mensais ao longo de 30 anos, e R$ 10 bilhões para três fundos regionais do Norte (Amazônia Legal), Nordeste (bacia do São Francisco) e Sudeste (Furnas), pagos também em parcelas mensais, mas pelo período de dez anos.

De acordo com o Estadão, várias reuniões já foram realizadas para tentar fazer caminhar o processo de capitalização. Numa delas, o secretário de desestatização, Diogo Mac Cord, agrupou representantes do mercado financeiro e o deputado relator. Inúmeras discussões técnicas estão ocorrendo, mas a proposta colocada à mesa pelo deputado Elmar Nascimento, um dos representantes do centrão, começa a causar preocupação, principalmente com relação a prazos. Se não for votada até junho, a MP 1031 será mais uma a caducar. A única coisa que o governo conseguiu até agora foi formalizar os estudos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre a capitalização.

ECB contrata empresa americana para fornecer tecnologia a planta de diesel verde

O ECB Group, holding com investimentos e participações em energias renováveis e no agronegócio, contratou a empresa americana Honeywell UOP para fornecer serviços de tecnologia e engenharia para a construção da biorrefinaria Omega Green, no Paraguai, que produzirá diesel e bioquerosene a partir de matérias-primas vegetais. O investimento total na unidade é de US$ 800 milhões.

Com a tecnologia da companhia americana, a unidade utilizará GLP renovável e nafta produzidos na planta para sustentar o processo em oferta de energia e hidrogênio. O processo desenvolvido pela Honeywell em conjunto com a petroleira italiana Eni converte óleos naturais não-comestíveis, gorduras animais e outras matérias-primas residuais em diesel e bioquerosene verdes (HVO e SPK, nas siglas em inglês) que são quimicamente idênticos ao similar à base de petróleo, segundo informação do ECB Group. (Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

O grupo CCR e a operadora francesa Vinci foram os vencedores do leilão de 22 aeroportos realizado nesta quarta-feira (07/04), na sede da B3, em São Paulo. O Valor Econômico informa que a CCR foi o destaque: a companhia levou o Bloco Sul, que era o mais atrativo do dia, e o Bloco Central, ambos com lances bastante acima dos segundos colocados. A Vinci surpreendeu e levou o Bloco Norte. Ao todo, o governo arrecadou R$ 3,3 bilhões na disputa, que deverá gerar R$ 6,1 bilhões de investimentos nos próximos 30 anos.