Governo confirma Petrobras em leilão do pré-sal que pode render R$ 11,1 bilhões – Edição da Manhã

Thereza Martins

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Thereza Martins

Publicado

04/Mai/2021 10:07 BRT

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MegaExpresso

Depois de cortar em 70%, em média, no valor dos bônus do próximo leilão do pré-sal, previsto para dezembro, o governo anunciou ontem (03/05) que a Petrobras terá direito de preferência para operar as áreas que serão licitadas, em um indicativo de que haverá oferta pelos blocos. No leilão, o primeiro com oportunidades no pré-sal após o início da pandemia, o governo oferecerá duas áreas do que não atraíram interessados em evento que ficou conhecido como mega leilão do pré-sal, em 2019.

Caso se confirmem as ofertas da Petrobras, o governo garantirá uma arrecadação extra de R$ 11,1 bilhões em 2021. A estatal, porém, não é obrigada a fazer lances, mesmo tendo exercido direito de preferência previsto em lei. O direito lhe garante uma fatia mínima de 30% no consórcio vencedor, mesmo que sua oferta tenha sido derrotada durante o leilão. A regra foi estabelecida em 2017, por lei que acabou com a presença obrigatória da estatal em consórcios do pré-sal, vigente havia sete anos. As informações são da Folha de S. Paulo.

Estatal pode se unir a empresas para disputar o pré-sal

O jornal O Estado de S. Paulo também traz informações sobre o leilão do pré-sal previsto para dezembro. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou ontem (03/05) que acredita que as empresas interessadas no segundo leilão dos excedentes da cessão onerosa devem participar em parceria com a Petrobras. Na rodada, o governo vai ofertar dois campos no pré-sal da Bacia de Santos, Sépia e Atapu, que não receberam propostas no leilão realizado em 2019.

O leilão das áreas da cessão onerosa foi realizado em novembro de 2019, mas apenas dois blocos, Búzios e Itapu, receberam propostas da Petrobras e de um consórcio liderado pela companhia.

Petrobras assina venda de três UTEs no Polo Camaçari para São Francisco Energia

A Petrobras assinou ontem (03/05), contrato com a São Francisco Energia, subsidiária da Global Participações em Energia, para a venda das três usinas termelétricas (UTEs) movidas a óleo combustível localizadas no Polo Camaçari (BA), por R$ 95 milhões.

O valor, segundo comunicado ao mercado divulgado pela petrolífera, não considera ajustes previstos em contrato até o fechamento da transação, que ainda aguarda as aprovações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

As UTEs Polo Camaçari englobam as usinas Arembepe, Bahia 1 e Muricy, com potência total instalada de 329 MW. As usinas operam com óleo combustível e têm contratos de comercialização de energia no ambiente regulado com vigência até dezembro de 2023 para as UTEs Arembepe e Muricy e até dezembro de 2025 para a UTE Bahia 1. (Agência Petrobras)

São Paulo gera 45% da bioeletricidade de cana para o SIN

O estado de São Paulo produziu 11.957 GWh para o Sistema Interligado Nacional (SIN), na safra canavieira 2020/2021, a partir apenas das usinas termelétricas no setor sucroenergético. O volume é 2,1% superior ao registrado na safra 2019/2020, permitindo que o estado amplie sua liderança no ranking de geração de bioeletricidade para o SIN, chegando à participação de 54,4% da geração total.

Minas Gerais ocupou a segunda posição no ranking, com 3.205 GWh de bioeletricidade sucroenergética, representando 14,6% do total produzido na safra 2020/2021, sem variação em relação à safra anterior. A terceira posição ficou com Goiás, gerando 2.826 GWh de bioeletricidade sucroenergética na safra 2020/2021 (12,9% do total da safra), com uma queda de 8,4% em relação à 2019/2020.

"A bioeletricidade do setor sucroenergético é produzida a partir de subprodutos e resíduos da fabricação de açúcar e etanol, tratando-se de uma fonte de energia carbono neutro. Atualmente, aproveitamos apensas 15% do potencial que a agroindústria possui, o que significa que temos disponível no Brasil uma fonte de energia renovável e sustentável capaz de apoiar o desenvolvimento socioeconômico do país", analisa Zilmar Souza, gerente em bioeletricidade da União da Indústria de Cana de Açúcar (UNICA). (Canal da Cana)

MME realizará pesquisa para inserção de diesel ‘verde’ no diesel

O Ministério de Minas e Energia (MME) vai realizar uma pesquisa para conhecer a opinião de agentes que atuam no setor de combustíveis sobre a mistura de outros produtos no diesel, além do biodiesel, como o recém-lançado diesel verde da Petrobras, e o diesel decorrente de coprocessamento. Em nota, o MME explicou que "serão abordadas questões relacionadas às vantagens e desvantagens dos usos, fatores afetos à produção desses produtos no Brasil e alternativas para inserções no ciclo diesel".

A pesquisa acontece em plena crise no setor de biodiesel, com a valorização da soja no mercado internacional elevando o preço do produto no mercado interno. Para reduzir o impacto no preço do produto final, o diesel, o governo decidiu reduzir de 13% para 10% a mistura obrigatória no último leilão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Em meados do ano passado, a Petrobras lançou o diesel ‘verde’ e vem tentando inserir o produto na mistura do diesel, hoje 100% biodiesel. Produtores de biodiesel contestam a classificação do produto da estatal, argumentando que é feito com base em um combustível fóssil. As informações foram publicadas pelo portal Brasil Agro.

PANORAMA DA MÍDIA

O Valor Econômico informa que a conturbada assembleia de acionistas da Vale, que se estendeu por dez horas entre sexta-feira e ontem (03/05), teve desfecho diferente do desenhado pela companhia. O novo conselho será formado por representantes de um maior número de acionistas, como resultado de a companhia ser, desde novembro, uma “corporation”, sem controlador definido.

A disputa na assembleia se deu entre dois grupos e terminou com conselheiros eleitos pelo bloco tradicional de referência da Vale – Previ, Bradespar e Mitsui –, apoiados por outros investidores, e pelo grupo liderado pela Geração Futuro LPar, respaldado por um dos maiores acionistas de referência da Vale, o Grupo Capital. O colegiado vai comandar os rumos da mineradora no biênio 2021/23.

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Com o atraso na chegada de vacinas contra o coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro tem sido pressionado pelo Congresso a acelerar o processo de criação de um programa social que substitua o auxílio emergencial, informa a Folha de S. Paulo.

Na semana retrasada, congressistas governistas alertaram o presidente que caso a ampliação do Bolsa Família, iniciativa planejada pelo ministro Paulo Guedes (Economia), não seja viabilizada até julho, eles passarão a defender em público que o auxílio emergencial seja prorrogado até novembro.

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MEC tem menos verba desde 2018 para investir – esta é a manchete da edição de hoje (04/05) do jornal O Globo. Os gastos não obrigatórios caíram de R$ 23,2 bilhões em 2018, último ano antes do início do governo do presidente Jair Bolsonaro, para R$ 8,9 bilhões, no Orçamento de 2021.

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Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo informa que quase seis anos depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) proibir o financiamento empresarial de campanhas políticas, a Câmara avalia uma forma de tornar viável a destinação de recursos do setor privado para candidatos ou partidos. Uma proposta discutida nos bastidores por deputados prevê que sejam estabelecidos tetos de R$ 500 mil a R$ 1 milhão por empresa, independentemente do porte da companhia.