A geopolítica do petróleo no encontro entre China e Rússia – Edição da Tarde

Thereza Martins

Autor

Thereza Martins

Publicado

15/Set/2022 18:14 BRT

Categoria

MegaExpresso

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o líder chinês Xi Jiping encontram-se nesta quinta-feira (15/09), no Uzbequistão, no conselho de chefes de Estado da Organização de Cooperação de Xangai – uma aliança entre países orientais. A expectativa é que eles aproveitem a oportunidade para tratar não só dos rumos da invasão da Ucrânia pela Rússia, como também da expansão da cooperação energética entre a Rússia e China.

Na avaliação da consultoria S&P Global, o petróleo deve estar no topo da agenda entre os dois países, dada a necessidade de a Rússia de encontrar novos mercados, à medida que as sanções ocidentais se acirram. A estimativa é que 3,5 milhões de barris/dia exportados anteriormente pelos russos à Europa precisarão ser redirecionadas até fevereiro de 2023.

Desde o início da guerra, o envio de óleo russo para a China aumentou significativamente. A S&P Global Commodity Insights estima 1,82 milhão de barris/dia, na média, entre janeiro e julho - alta de 6,4% em relação a 2021. A China tem aproveitado os descontos consideráveis do petróleo russo – superiores a US$ 20, neste momento, em relação ao Brent. O fluxo Rússia-China afeta indiretamente o Brasil, que tem no país asiático o seu principal parceiro comercial nas exportações de petróleo. As informações foram publicadas pelo portal EPBR.

RenovaBio: após pressão do setor, MME decide discutir MP só após as eleições

A Agência Estado informa que, de acordo com integrantes do setor sucroenergético, o Ministério de Minas e Energia (MME) decidiu adiar, para depois das eleições, as discussões para publicação de uma medida provisória (MP) que alteraria regras do programa brasileiro de estímulo aos biocombustíveis, RenovaBio.

A mudança de planos ocorreu após diversas entidades se posicionarem de maneira contrária a algumas das sugestões feitas pela pasta e pedirem por mais participação do setor nas decisões do governo.

Se mantida, política ambiental coloca em risco meta ambiental de emissões para 2030

Reportagem do Valor Econômico indica que, em um cenário de continuidade das políticas ambientais do governo nos últimos quatro anos, as emissões de gases-estufa do Brasil ultrapassarão em 137% a meta climática que o país se comprometeu a cumprir em 2030.

O desmatamento da Amazônia, a seguir no ritmo atual, pode levar a maior floresta tropical do mundo a um ponto de degradação sem volta. Os dados fazem parte do estudo “Cenário Continuidade”, preparado pela iniciativa Clima & Desenvolvimento e que reúne pesquisadores do Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente do Instituto Alberto Luiz Coimbra de PósGraduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ) com apoio do Instituto Clima e Sociedade (iCS), Instituto Talanoa e Centro Clima.

O jornal informa que a iniciativa, que começou em 2021 e reuniu 300 especialistas e lideranças de empresas, governos estaduais e municipais, investidores, parlamentares e organizações comunitárias, busca impulsionar o desenvolvimento do país dentro do trilho de uma economia de baixo carbono.

O estudo, que será divulgado hoje (15/09) em Nova York, Paris e Rio de Janeiro, analisou cenários de desmatamento, agricultura, transporte, indústria, energia e resíduos. Uma das principais conclusões do relatório de 2021 é que o país pode crescer e descarbonizar ao mesmo tempo, mas desde que realize a transição o mais rápido possível.

O desmatamento, porém, cresceu 20% de 2013 a 2018 e acelerou a partir de 2019. “Com efeito, a virtual paralisação das ações de controle do desmatamento ilegal e a sinalização do governo federal de tolerância com invasões de unidades de conservação e terras indígenas estimularam a certeza da impunidade e o recrudescimento da grilagem de terras, levando a uma disparada da expansão ilegal de atividades de agricultura, pecuária, madeireiras, garimpos, em particular na Amazônia”, diz o texto.

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RenovaBio: após pressão do setor, MME decide discutir MP só após as eleições

A Agência Estado informa que, de acordo com integrantes do setor sucroenergético, o Ministério de Minas e Energia (MME) decidiu adiar, para depois das eleições, as discussões para publicação de uma medida provisória (MP) que alteraria regras do programa brasileiro de estímulo aos biocombustíveis, RenovaBio.

A mudança de planos ocorreu após diversas entidades se posicionarem de maneira contrária a algumas das sugestões feitas pela pasta e pedirem por mais participação do setor nas decisões do governo.

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Diretor-geral da Aneel e presidente da EPE estarão no Reino Unido em outubro

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval de Araújo Feitosa Neto, estará no Reino Unido, de 8 a 16 de outubro, para participar da missão técnica em eólica offshore, seminário sobre energias renováveis, assinatura da declaração conjunta de Intenção com a Ofgem e visitas institucionais.

Já o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Thiago Vasconcellos Barral Ferreira, tabém estará no Reino Unido, no período de 9 a 12 de outubro, para uma palestra no seminário Market Trends and Opportunities in Brazil: A World Leader in Renewable Energy. (portal Energia Hoje)

PANORAMA DA MÍDIA

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 1,17% em julho, na comparação dessazonalizada com junho, conforme divulgado nesta quinta-feira (15/09) pela autoridade monetária. Em junho, o indicador teve alta de 0,93% (dado revisado de alta de 0,69%). O resultado de julho veio acima da mediana das estimativas colhidas pelo Valor Data / Valor Econômico, de crescimento de 0,40%. O dado também ficou acima do intervalo das projeções, que iam de queda de 0,30% a alta de 0,6%.