A partir desta quinta-feira (23/3), o preço médio de venda de diesel A da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,02 para R$ 3,84 por litro, uma redução de R$ 0,18 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,45 a cada litro vendido na bomba. (Agência Petrobras)
Queda no preço do diesel A era esperada, mas não nessa magnitude, diz Abicom
Os preços do óleo diesel praticados pelas refinarias da Petrobras no mercado interno apresentavam espaço para cortes, mas não da magnitude anunciada, afirmou ontem (22/3) o presidente executivo da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo.
Segundo ele, os cálculos da entidade projetavam, antes do anúncio da redução em R$ 0,18 por litro do diesel, uma defasagem de R$ 0,10 por litro nos polos da Petrobras, em comparação com o preço de paridade de importação (PPI). O executivo salientou que o mercado externo continua volátil, com notícias que envolvem perspectiva de retomada de atividades na China, que puxou os preços para cima, seguidas dos relatos da crise envolvendo bancos, refletindo em queda de cotações. (Valor Econômico)
Conselho da Petrobras aprova nova diretoria-executiva
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou ontem (22/3) as indicações para a diretoria-executiva da companhia, confirmou a empresa na noite desta quarta-feira por meio de fato relevante arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Os novos diretores da Petrobras só devem tomar posse, porém, a partir de 29 de março próximo, depois que a Petrobras publicar o relatório 20-F, exigido pelo regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos, com as demonstrações financeiras relativas a 2022, de acordo com informação do Valor Econômico.
Na mesma reunião, o conselho também reconduziu o presidente da companhia, Jean Paul Prates, para um novo mandato, até 13 de abril de 2025. Essa data também vale para os mandatos dos novos diretores executivos. Os nomes dos indicados passaram pelo crivo das instâncias internas de governança da companhia.
Foram indicados e aprovados para a diretoria da Petrobras: Clarice Coppetti (relacionamento institucional e sustentabilidade); Sergio Caetano Leite (financeiro e de relacionamento com investidores); Claudio Schlosser (comercialização e logística); Carlos Travassos (desenvolvimento da produção); Joelson Falcão (exploração e produção); William França (refino e gás natural) e; Carlos Augusto Barreto (transformação digital e inovação).
Os candidatos da União, controladora da Petrobras, ao conselho são Pietro Mendes, Bruno Moretti, Efraim Cruz, Suzana Kahn, Sérgio Machado Rezende, Vitor Eduardo de Almeida Saback e Eugênio Tiago Chagas Cordeiro e Teixeira. Jean Paul Prates, atual presidente e integrante do conselho.
Consumo de energia elétrica aumenta 1,6% em fevereiro, segundo CCEE
Em fevereiro, o Brasil consumiu 69.522 megawatts médios de energia elétrica, volume 1,6% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Houve crescimento de 2,3% no mercado livre. No ambiente regulado, a alta foi de 1,1%.
Na avaliação regional, os maiores aumentos, na comparação com o mesmo período do ano passado, foram observados no Maranhão (42,2%), em Rondônia (8,9%) e Pará (7,2%). O avanço é uma combinação de menos chuva e temperaturas mais altas, cenário que aumenta a necessidade do uso de aparelhos de ar-condicionado. Mas também houve um efeito importante da maior demanda de alguns setores que compram energia no mercado livre. Os dados preliminares são do Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
CTG Brasil vê lucro crescer 30,5% em 2022, em recuperação de crise
A geradora de energia CTG Brasil, subsidiária da gigante China Three Gorges Corp, fechou 2022 com lucro líquido de R$ 2,3 bilhões, aumento de 30,5% ante 2021, quando a crise hídrica impactou a produção de suas hidrelétricas.
A companhia, que entrou no fim do ano passado com pedido de IPO (oferta inicial de ações) na B3, a Bolsa de Valores brasileira, teve um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 4,3 bilhões, com alta de 2,4% na comparação com 2021.
O desempenho anual da CTG também foi ajudado por uma melhora da linha de resultado financeiro, com uma despesa líquida de R$ 550 milhões, 49,0% inferior ao registrado no ano aanterior. Na geração de energia, a CTG viu a produção de suas usinas aumentar 11,3% em 2022, totalizando 23.714,50 gigawatts-hora (GWh). (InfoMoney – com informações da agência de notícias Reuters)
Neoenergia descarta compra da Enel Ceará, diz presidente
O presidente da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, descartou a possibilidade de compra da distribuidora Enel Ceará (antiga Coelce), já que o crescimento orgânico tem suprido as necessidades da empresa nesse setor. O executivo afirmou que, mesmo sendo um grupo integrado que atua em geração, distribuição transmissão e comercialização de energia, a primeira via de crescimento é o segmento de distribuição. São cinco distribuidoras (Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Brasília e parte de São Paulo).
Segundo ele, a obrigação da companhia é olhar as oportunidades, porém o crescimento orgânico tem suprido a necessidade de uma nova aquisição. “Com o que temos hoje em crescimento orgânico, estamos investindo R$ 10 bilhões por ano. Então eu não preciso comprar a Coelce (Enel Ceará) para crescer porque tenho um crescimento orgânico enorme nas minhas áreas de concessão, além de outros segmentos.” (Valor Econômico)
Projeto para gás retoma proposta do ‘Brasduto’ já rejeitada pelo Congresso
Reportagem do Valor Econômico destaca que, na primeira reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) do governo Lula, na última sexta-feira (17/3), o Ministério das Minas e Energia anunciou um plano para a “reindustrialização do país” com gás natural que recupera, em grande parte, iniciativas barradas pelo Congresso na legislatura passada.
Nessa reunião, foi anunciado um grupo de trabalho para propor a minuta de uma medida provisória para o setor de gás. Esse grupo de trabalho, segundo comunicado do MME, estudará a permuta (“swap”) do óleo da União por gás natural. A proposta é que esta operação seja feita pela PPSA, estatal criada para comercializar o óleo obtido pela Petrobras nos contratos firmados em regime de partilha. Sobre a PPSA recairiam os custos de “construção, operação e manutenção das estruturas de escoamento de processamento do gás”. Fontes do setor estimam que a conta possa variar entre R$ 80 bilhões e R$ 120 bilhões.
A reportagem explica que a PPSA já tinha aparecido como fonte de financiamento dos gasodutos no projeto de lei 414 apresentado à Câmara dos Deputados em 2021 e relatado pelo deputado e ex-ministro das Minas e Energia Fernando Coelho Filho (União-PE). Foi constituída uma comissão especial para analisar a matéria, mas a proposta não chegou a ser aprovada. O financiamento da PPSA foi a saída prevista depois da rejeição, durante a tramitação da MP da Eletrobras, de uma emenda que previa a oneração das contas de luz para a construção dos gasodutos.
Copel prevê oferta de ações para privatização no 2º semestre
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) prevê que a oferta de ações visando sua privatização deverá ser realizada no segundo semestre deste ano, tendo como base os resultados financeiros da companhia referentes ao segundo trimestre, disse ontem 22/3) o presidente da empresa, Daniel Slaviero.
Em teleconferência de resultados, ele destacou que essa operação tem um prazo para acontecer, uma vez que está relacionada à renovação da concessão da hidrelétrica Foz do Areia, com “data limite” para dezembro deste ano. O executivo comentou ainda que a Copel seguirá com venda de sua participação na termelétrica UEGA mesmo se a Petrobras, sua sócia no ativo, desistir e resolver não desinvestir. (InfoMoney – com informações da agência de notícias Reuters)
Primeira subestação de energia de Alter do Chão é entregue à comunidade
A primeira subestação de energia do distrito de Alter do chão, em Santarém, oeste do Pará, foi inaugurada ontem (22/3) pela distribuidora Equatorial Pará. De acordo com reportagem do portal G1, o investimento de R$ 5,86 milhões vai aumentar a capacidade do sistema e melhorar o fornecimento de energia para as oito mil famílias do distrito, além de contemplar de forma indireta, famílias que moram no entorno.
A reportagem explica que a subestação de Alter do Chão foi projetada para operar com tecnologias avançadas do segmento de alta tensão, com sistema automático de recomposição do sistema em casos imprevistos. A comunicação da subestação será feita por meio de fibra óptica com monitoramento 24 horas realizado pelo Centro de Operações Integradas da Equatorial Pará. Também contará com a tecnologia de sistema de medição operacional a qual ajudará no controle de demanda de combate a perdas de energia na localidade.
PANORAMA DA MÍDIA
O Banco Central anunciou ontem (22/3) a manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano pela quinta vez seguida. A notícia é o principal destaque da edição desta quinta-feira (23/3) na mídia.
O comunicado da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) não trouxe nenhuma menção ao início de um ciclo de redução dos juros. Em um texto curto, o comitê destacou a deterioração das expectativas de inflação para prazos mais longos e voltou a citar a possibilidade inclusive de voltar a aumentar a Selic. (O Estado de S. Paulo)
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 5,60% em 12 meses encerrados em fevereiro. Já a expectativa para este ano é de 5,95%, bem acima da meta de 3,25% e acima também do teto de 4,75%. Para 2024, a expectativa para o IPCA é de 4,11%, acima da meta de 3%, mas dentro do limite de tolerância de 4,5%. Pelas projeções do mercado, até o fim do ano, haverá uma redução de 1 ponto percentual nos juros, de acordo com o Boletim Focus. Ou seja, a expectativa é que o ano termine com uma taxa de 12,75%. (O Globo)
A decisão de manter a Selic em 13,75% veio em linha com a projeção consensual do mercado financeiro de que os juros ficariam inalterados novamente. Levantamento feito pela Bloomberg mostrou que essa era a expectativa unânime entre os analistas consultados. (Folha de S. Paulo)
Para analistas, o Copom foi mais duro do que o esperado ao apontar que ainda não há espaço para o início do afrouxamento monetário. (Valor Econômico)