CCEE e Banco Mundial pretendem ajudar países na regulamentação do mercado de hidrogênio – Edição do dia

Thereza Martins

Autor

Thereza Martins

Publicado

26/Abr/2023 10:46 BRT

Categoria

MegaExpresso

O Valor Econômico informa que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) firmou parceria com o Banco Mundial para ajudar países em desenvolvimento na estruturação do mercado de hidrogênio. A entidade vai atuar com foco na certificação, contribuindo para a definição de critérios para a classificação do insumo como de baixo carbono.

O Valor informa, ainda, que o projeto do Banco Mundial foi lançado na COP 27, que aconteceu em 2022, no Egito, e pretende debater temas que vão de financiamentos, tecnologias e modelos de negócio até governança e economia circular. O objetivo principal é criar um ambiente no mercado global que estimule a competitividade entre países e torne o hidrogênio de baixo carbono um negócio atrativo e seguro para os investidores.

Hidrogênio verde: conheça 10 projetos promissores em desenvolvimento no Brasil

A Agência EPBR traz, hoje (26/4), uma reportagem a respeito dos projetos para produção de hidrogênio verde que foram anunciados nos últimos dois anos no Brasil. Estima-se que juntos eles somem mais US$ 30 bilhões em investimentos, de acordo com levantamento do Instituto Nacional de Energia Limpa (Inel).

A reportagem ressalta que a maior parte ainda está em estudo de viabilidade, com apenas memorandos de entendimento assinados com portos e governos estaduais. Entretanto, o Brasil já começa a ver alguns empreendimentos saírem do papel, entre pilotos e plantas de escala industrial.

Os projetos estão concentrados nos portos-indústria do Brasil, que agregam algumas características importantes. Além de contarem com a infraestrutura para exportação do hidrogênio, os portos possuem potenciais consumidores domésticos e estão próximos a grandes projetos de eólicas offshore, com enorme capacidade de produção de energia renovável. A reportagem explica o que é e como é usado o hidrogênio verde e traz informações sobre as 10 das principais iniciativas para produção no Brasil: oito usinas comerciais e dois projetos-piloto localizados na Bahia, Pernambuco, Ceará, Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

Copel contrata bancos para oferta subsequente de R$ 5 bilhões

A Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) está em fase de conclusão do sindicato de bancos que irá conduzir a oferta subsequente de ações (follow-on) que resultará na privatização da estatal, conforme apurou o Valor Econômico. A oferta está sendo planejada, a princípio, para outubro e deverá movimentar R$ 5 bilhões, sendo que uma tranche será primária e irrigará o caixa da empresa.

A companhia tinha como estratégia manter o mesmo sindicato que já havia fechado no ano passado para não precisar passar por novo processo burocrático, algo que poderia atrasar o cronograma esperado. O grupo de bancos, contudo, precisou passar por algumas mudanças, como a entrada do Itaú BBA e do UBS BB, que teria substituído a posição que antes pertencia ao Credit Suisse, como consequência da aquisição global. O BTG Pactual será coordenador da oferta, segundo fontes da reportagem.

A oferta secundária será para a venda de ações detidas pelo governo do Paraná, operação que o governador do estado, Ratinho Jr, já tornou pública. Procurada, a Copel não se manifesta sobre o assunto e informa que os seus contratos respeitam a legislação do país.

Lucro da Neoenergia fica estável no 1º trimestre

A Neoenergia encerrou o primeiro trimestre de 2023 com lucro atribuído aos controladores de R$ 1,2 bilhão, resultado igual ao apresentado no mesmo período de 2022. A receita operacional líquida da companhia de janeiro a março deste ano ficou em R$ 11,1 bilhões, um crescimento de 12% na comparação anual.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da empresa foi de R$ 3,6 bilhões, alta de 14% em relação ao primeiro trimestre de 2022. Durante esse período, a Neoenergia registrou crescimento de 0,2% em energia injetada, indicador que equivale à energia distribuída somada às perdas, atingindo 19.510 gigawatt-hora (GWh). Segundo a empresa, o resultado foi impactado pelas menores temperaturas e geração distribuída nas demais concessões. (Valor Econômico)

TCU tenta amenizar herança bilionária de Bolsonaro nas contas de luz

A Folha de S. Paulo informa que, sem acordo com o governo, quatro empresas de energia devem abrir negociações com o Tribunal de Contas da União (TCU) para tentar resolver um impasse que hoje encarece a conta de luz em 4,49% – R$ 9 bilhões ao ano. A reportagem explica que essa possibilidade foi aberta por um despacho do presidente do tribunal, Bruno Dantas, que autorizou as negociações e a suspensão dos processos envolvendo a KPS (Karpowership Brasil Energia), a Âmbar Energia, a Linhares e a Barra Bonita I (vinculada à Tradener).

Para isso, o relator dos processos no TCU, ministro Benjamin Zimler, terá de concordar. Se aceitar, as negociações podem durar até três meses, prazo em que os processos ficarão congelados. A expectativa é que em, no máximo, um mês as partes cheguem a um acordo. Fechado o acerto, as condições serão submetidas à apreciação do plenário do TCU.

STF julga cálculo do ICMS sobre energia

O Valor Econômico informa que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) poderá pacificar entendimento pela inclusão de valores do Sistema de Bandeiras Tarifárias, estabelecido para as contas de luz, na base de cálculo do ICMS. Há decisão da 2ª Turma nesse sentido e, agora, a 1ª Turma julga o assunto.

De acordo com a reportagem, há, por enquanto, dois votos, um a favor e outro contra a inclusão desses valores. O julgamento, retomado ontem (25/4), foi interrompido por pedido de vista. Como a questão foi considerada infraconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a última palavra será a do STJ. O valor do acréscimo na tarifa referente à bandeira é definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e indicado por cores (verde, amarela ou vermelha).

Petrobras informa sobre voto múltiplo para a AGO

A Petrobras informa que recebeu de acionistas que detêm, em conjunto, mais de 5% das ações ordinárias da companhia, a solicitação de adoção de voto múltiplo na eleição de membros do Conselho de Administração na Assembleia Geral Ordinária (AGO) que será realizada amanhã (27/4), de modo exclusivamente digital.

Ainda de acordo com comunicado da Petrobras, o boletim de voto à distância divulgado aos acionistas para a AGO já contempla a hipótese de adoção de voto múltiplo. (Agência Petrobras)

Em três meses, Neoenergia Pernambuco removeu 12 toneladas de cabos irregulares

Em três meses, a Neoenergia Pernambuco retirou 12 toneladas de cabos e equipamentos de telecomunicações irregulares de aproximadamente 1540 mil postes em todo o estado. "Este trabalho de retirada de cabos e equipamentos fora do padrão ou instalados sem a permissão da concessionária é diário. Sempre estamos nos locais para organizar a rede e eliminar os riscos causados pelas empresas clandestinas ou mesmo pelas autorizadas, mas que estão com os cabos fora do padrão de segurança exigidos pelo setor", afirmou o supervisor de gestão de compartilhamento de infraestrutura, Weudo Monteiro. (Diário de Pernambuco)

PANORAMA DA MÍDIA

Os jornais O Estado de S. Paulo e O Globo trazem como principal destaque da edição desta quarta-feira (26/4) a adoção de urgência pela Câmara Federal para votação do projeto de lei das fake news. O projeto prevê novas diretrizes para as redes sociais em relação a crianças e adolescentes, veiculação de notícias, divulgação de conteúdo falso e impulsionamento de propaganda eleitoral e de conteúdos políticos. O projeto original já foi aprovado no Senado em junho de 2020. Se o texto sofrer alteração, volta para análise dos senadores. Caso contrário, com o aval dos deputados, irá direto para a sanção presidencial.

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Mais empresas estudam ofertas para fechar capital, diz a manchete da edição de hoje (26/4) do Valor Econômico. O número de consultas para a realização de ofertas públicas de aquisição de ações tem aumentado, num momento em que controladores de empresas se questionam sobre a possibilidade de fechar o capital. Isso ocorre devido à decepção com o recuo dos preços de suas ações na bolsa. Além disso, a busca por esse tipo de operação, conhecida como OPA, ocorre na esteira de um movimento de fusões e aquisições envolvendo companhias abertas. Esses processos costumam desembocar no fechamento de capital de uma das empresas envolvidas.

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse ontem (25/4), em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, que o crescimento sustentável do país, com controle da inflação, não depende de "mágica" nem de uma "bala de prata", mas de disciplina das contas públicas. (Folha de S. Paulo)