Projeções do PMO passam a incorporar a carga da MMGD – Edição do dia

Thereza Martins

Autor

Thereza Martins

Publicado

03/Mai/2023 11:01 BRT

Categoria

MegaExpresso

O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) começou a incorporar, nas análises de carga, os montantes de geração da Micro e Minigeração Distribuída (MMGD). O novo procedimento está valendo a partir desta semana operativa, compreendida entre os dias 29 de abril e 5 de maio.

O Operador explica que a MMGD faz parte do conceito de geração distribuída e, portanto, não é supervisionada pelo ONS, ficando conectada a uma rede de distribuição local. Um dos exemplos mais conhecidos de MMGD são os painéis de geração de energia solar fotovoltaica, presentes em casas e edifícios.

Para o ONS, diante da expansão desse tipo de carga em todo o país, é essencial passar a considerar esse fator, pois traz maior assertividade na coordenação das atividades para o pleno atendimento das demandas do Sistema Interligado Nacional (SIN), em especial nos momentos em que geração pela MMGD é reduzida, como nos dias nublados e no período noturno. Para o mês de maio, o bloco de MMGD considerado será de 2.917 MWmed.

Ainda de acordo com o ONS, os cenários prospectivos para maio apontam crescimento de 4,4% (72.626 Mwmed) na demanda de carga no SIN. O comportamento de expansão também é estimado para todos os subsistemas. A região Norte, com 13,6% (7.001 MWmed), e o Nordeste, com 4,6% (12.012 Mwmed), têm a perspectiva de percentuais de avanços mais expressivos. Para o Sudeste/Centro-Oeste, a aceleração pode chegar a 3,4% (41.330 Mwmed) e no subsistema Sul a 2,5% (12.283 MWmed). Os dados apresentados são projeções para 31 de maio, comparados ante maio de 2022. (Fonte: ONS)

Nelson Tanure compra ações da Light e avalia aumentar participação para mais de 5%

O jornal O Estado de S. Paulo informa que o empresário baiano Nelson Tanure comprou ativos da Light nos últimos dias e pretende fazer novas compras para alcançar um patamar superior a 5%.

De acordo com a reportagem, o empresário tem histórico de investir em empresas em dificuldade financeira e operacional. Segundo fontes a par do assunto, sua atuação nessa nova empreitada será parecida com a feita na Oi, em 2016, e mais recentemente no laboratório Alliar, em que Tanure fez um primeiro investimento por oportunidade e buscou aumentar a participação.

A reportagem apurou que uma das alternativas à mesa do empresário seria a aquisição de parte das ações de outros acionistas de referência da Light. Por conta do desconto nas ações, também há a possibilidade de aquisições no mercado, uma vez que 53,38% estão no free float (ações que uma empresa destina à livre negociação no mercado).

“Não me parece o fim do mundo usar Itaipu para integração energética”, diz Enio Verri

Em entrevista publicada hoje (3/5) pelo jornal O Globo, o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, diz não ver como “o fim do mundo” a permissão para que o Paraguai venda para terceiros países o excedente de energia da hidrelétrica. Atualmente, por força do tratado de 1973, Paraguai e Brasil só podem vender energia excedente para o outro sócio.

Verri afirma que a revisão do chamado anexo C — ou seja, as condições de venda e valores de energia de Itaipu após 50 anos (já completados), quando toda a dívida da hidrelétrica foi quitada – terá de ser negociada. O Brasil quer a menor tarifa possível, e o Paraguai, o maior valor possível, já que vende a maior parte da energia a que tem direto.

Energisa anuncia reorganização societária

A Energisa comunicou ao mercado a incorporação societária da Energisa Borborema Distribuidora de Energia por sua controlada direta Energisa Paraíba Distribuidora de Energia, em uma reorganização visando a simplificar a estrutura societária e administrativa, conferindo mais eficiência gerencial e organizacional à empresa.

Segundo a Energisa, a reorganização racionalizará suas operações, otimizará sua administração e minimizará as respectivas despesas, bem como apresentará consideráveis benefícios de ganhas de eficiência técnica, de escopo, de escala, resultando maior robustez financeira. (Valor Econômico)

Petrobras tem aval da ANP para retomar produção de mais seis instalações no Polo Bahia Terra

A Petrobras recebeu autorizações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para retomar produção de mais seis instalações no Polo Bahia Terra, segundo comunicado ao mercado divulgado ontem (2/5). Com isso, e incluindo outras instalações que já receberam aval semelhante, a empresa poderá restabelecer aproximadamente 43% da produção total do polo.

O Polo Bahia Terra teve a operação paralisada por determinação da ANP no final do ano passado devido a questões de segurança. As autorizações de retomada começaram no final de março. As novas instalações autorizadas estão localizadas nos campos de Taquipe, Buracica, Fazenda Alvorada, Rio do Bu e Cidade de Entre Rios, segundo a Petrobras. (Investing.com – com informações da agência de notícias Reuters) 

PANORAMA DA MÍDIA

Bancos públicos superam os nacionais no crédito, diz a manchete de hoje (3/5) do Valor Econômico. A participação dos bancos públicos na concessão de crédito no país tem avançado, levando a fatia dessas instituições a superar a dos concorrentes privados nacionais pela primeira vez em sete anos. A ultrapassagem ocorreu em fevereiro, quando os estatais (como Banco do Brasil, Caixa e BNDES) passaram a deter 42,95% do estoque de empréstimos, acima dos 42,27% dos domésticos de capital privado. Há ainda 14,71% nas mãos dos estrangeiros, como o Santander.

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As discussões a respeito do Projeto de Lei 2630, conhecido como PL das Fake News, é destaque, hoje (3/5), na mídia. A Folha de S. Paulo informa que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adiou ontem a votação do projeto, numa tentativa de evitar a derrota da articulação política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O adiamento foi decidido em meio à pressão da oposição e após uma reação do governo e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra a ofensiva feita por big techs (Google, Tik Tok e Meta) para barrar a proposta.

“Estou sendo justo com o País, não com radicalismos”, disse Lira. O pedido de adiamento partiu do relator da proposta, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). Ele alegou que precisava de mais tempo para atender todos os pedidos de mudança no texto. (O Estado de S. Paulo)

O jornal O Globo traz detalhes a respeito dos principais pontos que dificultam a votação do texto PL das Fake News na Câmara dos Deputados.