Reportagem publicada na edição desta segunda-feira (18/12) pelo Valor Econômico destaca que o leilão de linhas de transmissão realizado na última sexta-feira (15/12) superou as expectativas do governo, confirmou o forte interesse do mercado pelo segmento e consolidou uma sequência de licitações com fortes descontos oferecidos pelas empresas – tendência que deverá persistir na próxima concorrência, marcada para março de 2024.
A reportagem explica que, nos últimos cinco anos, os deságios médios oferecidos nos leilões de transmissão de energia se mantiveram em patamar elevado. Considerando as oito licitações realizadas desde 2019, os descontos, em ordem cronológica, foram de 60,3%; 55,2%; 48,1%; 50%; 46,2%; 38%; 51%; e 40,9%.
Mesmo a concorrência da última sexta-feira, em que a expectativa era de ofertas mais tímidas, teve deságio significativo. Estava claro que seria inviável a participação de muitos grupos na licitação, pelo fato de o principal lote ser um projeto intenso em capital, com demanda elevada de mão de obra e uso de uma tecnologia específica, que restringiu número de fornecedores. O desconto médio de 40,85% superou as expectativas apontadas por bancos e especialistas e foi comemorado por autoridades do setor elétrico.
Decisões do governo e do Congresso adiam eletrificação dos carros no Brasil
O Valor Econômico informa que decisões tomadas pelo Poder Executivo e Congresso, nos últimos dias, jogam para o futuro a eletrificação dos carros no Brasil. Nos próximos anos, os automóveis vendidos no país serão muito parecidos com os de hoje porque haverá proteção à indústria local tal como é hoje e nenhum incentivo específico para modelos eletrificados. A disponibilidade de veículos a diesel, gasolina, etanol, híbridos ou elétricos dependerá da estratégia de cada marca e caberá ao consumidor decidir que tipo de energia vai mover seu próximo carro.
Duas medidas – aumento do Imposto de Importação para elétricos e prorrogação de incentivos para carros a combustão no Nordeste e Centro-Oeste – acontecem num momento em que o consumidor brasileiro começava a tomar gosto pelas novas tecnologias.
Alemanha encerra subsídios a veículos elétricos
Os subsídios a veículos elétricos estão acabando abruptamente na Alemanha, anunciou neste sábado (16/12) o governo do país. A medida prejudica Tesla, Volkswagen, BMW, Stellantis e outras companhias.
O governo de coalizão da Alemanha, enfrentando uma crise orçamentária, está encerrando o programa de “bônus ambiental” neste domingo, e não em 31 de dezembro, como planejado. Mas um veículo precisa ser registrado antes que o comprador possa levá-lo, portanto, o subsídio está encerrado na prática.
O subsídio a veículos elétricos da Alemanha já chegou a alcançar 4,5 mil euros. Poucos dias antes, Berlin anunciou que o subsídio, reduzido a 3 mil euros, não continuaria em 2024. (Valor Econômico – com informações da agência Dow Jones Newswires)
Conta de luz deve ter reajuste de 7,61%, em média, neste ano
Uma estimativa feita pela TR Soluções — empresa de tecnologia aplicada ao setor elétrico — por meio do Serviço para Estimativa de Tarifas de Energia (Sete), indica que o aumento de subsídios para energia, a redução de créditos tributários e os descontos concedidos aos consumidores, assim como o repasse de custos com o impacto dos serviços do sistema elétrico por causa das ondas de calor, devem resultar em um aumento médio das contas de luz de 7,61% em 2024.
O reajuste projetado deverá ficar acima da média do ano passado, que foi de 6,8%. Segundo a consultoria, a maior parte das distribuidoras deve praticar elevações de até 11,5%. Além disso, as tarifas de oito distribuidoras devem ser reduzidas em relação a 2023, e nove devem ter um reposicionamento superior a 14%. No caso de cinco distribuidoras, o reajuste pode chegar a 19,5%. (O Globo)
Venezuela X Guiana: entenda o papel da gigante Exxon Mobil na disputa
Reportagem do portal Metrópoles explica que em meio a uma das disputas territoriais mais complexas da América Latina, a região de Essequibo tornou-se palco de tensões entre Venezuela e Guiana.
Nesse panorama, grande parte da cobertura jornalística e das análises de cenário geopolítico têm se concentrado no comportamento das nações diante da controvérsia. No entanto, ressalta a reportagem, uma peça no tabuleiro tem sido deixada de lado: a petrolífera ExxonMobil (Exxon).
O primeiro atrito da multinacional ocorreu com a Venezuela, em 2006, quando o então presidente Hugo Chávez deu início à nacionalização da produção de petróleo no país. Duas empresas se opuseram à decisão: ConocoPhillips (multinacional norte-americana de energia) e a ExxonMobil.As corporações exigiram indenizações como condição de um acordo, mas o Centro Internacional para a Resolução de Disputas sobre Investimentos (ICSID) havia decidido que o governo venezuelano somente era obrigado a pagar US$ 1,6 bilhão.
Sem espaço na nação venezuelana, a Exxon se voltou à Guiana, a qual oferecia grande potencial de exploração, o que veio a ser confirmado em 2015. O offshore (ramo empresarial em países com vantagens tributárias e fiscais) Stabroek revelou-se uma mina de ouro negro, com capacidade de gerar no mínimo 15 bilhões de barris de petróleo.
Isso significa que, até 2027, a plataforma produzirá, ao menos 1,2 milhão de barris/dia. Além disso, a companhia desenvolve outros dois projetos na Guiana, o Yellowtail e Uaru, os quais podem produzir cerca de 250 mil barris/dia cada um.
“Com isso, a Guiana cresceu cerca de 40% na última década, somando PIB nominal e real. Nenhum país na América Latina teve crescimento tão robusto. Essa exploração não altera apenas a economia guianesa, mas o próprio processo de integração daquela nação com a América do Sul”, comentou Roberto Uebel, professor de relações internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Produção de energia na China teve expansão constante no ano
A produção energética da China mostrou evolução nos primeiros 11 meses de 2023. Segundo dados oficiais, a produção de carvão, petróleo bruto e gás natural do país manteve uma expansão constante no ano, segundo dados oficiais.
A mineração chinesa produziu 4,24 mil milhões de toneladas de carvão entre janeiro e novembro, o que representou um aumento anual de 2,9%, de acordo com o escritório nacional de estatísticas (NBS, na sigla em inglês). A produção de petróleo bruto cresceu 1,8% na mesma comparação com os 11 meses de 2022, para 191,25 milhões de toneladas, enquanto as importações de petróleo bruto subiram 12,1%, para 515,65 milhões de toneladas.
Já a produção de gás natural aumentou 6% no período, para 209,6 mil milhões de metros cúbicos. Segundo a agência de notícias Xinhua, as importações de gás natural aumentaram 8,5%, para 107,4 milhões de metros cúbicos. (InfoMoney)
Apagões em Uberlândia: reclamações contra a Cemig aumentam 146% em 2023
Entre apagões e oscilações, 2023 foi marcado por problemas no fornecimento de energia elétrica em Uberlândia. A insatisfação dos moradores – que motivou ação do Ministério Público de Minas Gerais – fez com que o número de reclamações junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) contra a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) mais que dobrasse em relação ao ano passado.
Em 2022, a Aneel recebeu 54 reclamações de moradores da cidade sobre o serviço da Cemig. Neste ano, já foram computadas 133 queixas, o que representa um aumento de 146%. De acordo com a Aneel, esses dados incluem reclamações feitas por conta de algum problema quanto à prestação do serviço pela distribuidora, como qualidade do fornecimento, atendimento, cobrança, faturamento, serviços técnicos e comerciais. (portal G1)
Petrobras assina aditivo de contrato da compra de gás de estatal da Bolívia
A Petrobras informou que celebrou novo aditivo ao contrato de compra de gás natural com a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), estatal boliviana que atua na área de exploração, produção de venda de petróleo e derivados.
Segundo a companhia brasileira, o contrato com a Bolívia foi assinado após o cumprimento de trâmites internos de governança. O aditivo altera o perfil de entregas do volume total de gás contratado pela Petrobras, em função da disponibilidade de gás para exportação pela YPFB.
O contrato prevê a manutenção do volume máximo de 20 milhões de m³ por dia, com maior flexibilização dos compromissos firmes de entrega e recebimento de acordo com a sazonalidade e a disponibilidade da oferta. (Agência Brasil)
Dos postos aos aeroportos, Vibra atua em amplo leque de setores
O jornal O Estado de S. Paulo publicou ontem (17/12) o perfil da Vibra, em seção dedicada a conteúdo patrocinado. Licenciada da Petrobras, a empresa tem mais de 30 milhões de clientes pessoas físicas e 18 mil corporativos, no setor de distribuição de combustíveis e lubrificantes, em uma rede de 8,3 mil estabelecimentos espalhados por cidades e estradas do país.
Além disso, contribui para o abastecimento de navios, trens e aviões. Na aviação, por exemplo, a marca BR Aviation, também licenciada pela Petrobras à Vibra, está presente em mais de 90 aeroportos brasileiros e é responsável pelo abastecimento de seis em cada dez voos comerciais realizados no Brasil.
Indústria diz que nova regra de eficiência energética vai tirar do mercado geladeiras que custam abaixo de R$ 5 mil
Após o Ministério de Minas e Energia (MME) apertar as exigências de eficiência energética para geladeiras e congeladores fabricados e vendidos no país, conforme resolução publicada no início do mês, a Eletros, associação que representa a indústria de eletrodomésticos, criticou o rigor das regras e o prazo de implantação, considerado curto pela entidade.
A associação alega que, com a medida, a “comercialização predominante” será de geladeiras de alto padrão, “custando em média de 4 a 6 vezes o salário mínimo nacional”, o que corresponde a um preço entre R$ 5.280 e R$ 7.920. “Os novos índices de eficiência eliminarão cerca de 83% dos refrigeradores atualmente vendidos no Brasil”, afirma a entidade. (O Globo)
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: Após aprovação histórica, prioridade será regulamentação da reforma tributária. Aprovada em votação histórica pela Câmara dos Deputados na sexta-feira, a reforma tributária vai entrar em nova fase decisiva a partir da promulgação da emenda constitucional nesta semana: a regulamentação das medidas pelo Congresso, por meio de leis complementares. Os congressistas terão de fazer escolhas cruciais ao definir essa legislação – quanto mais produtos e serviços tiverem tratamento especial, maior será a alíquota-padrão do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA).
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O Globo: Nova agência do MEC vai frear ensino à distância. A agência que o governo pretende criar para fiscalizar universidades deverá ter poderes para decretar intervenção em instituições federais, descredenciar cursos e até mesmo aplicar multas. A ideia do ministro da Educação, Camilo Santana, é que o novo órgão seja responsável por supervisionar a qualidade dos cursos oferecidos no país, sobretudo em entidades privadas, que respondem por 87% da rede, e do ensino à distância, modalidade que teve uma forte expansão nos últimos anos.
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O Estado de S. Paulo. Estados mantêm cortes militares mesmo com baixa produtividade. Com baixo volume de processos comparado a outras instâncias judiciais, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul gastam mais de R$ 190 milhões por ano para manter Tribunais de Justiça Militar (TJM) e julgar membros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros em foro especial nos três estados. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 91% desses recursos foram utilizados para pagar salários e benefícios para os 591 funcionários das Cortes militares estaduais. Os dados são referentes a 2022.
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Folha de S. Paulo: Os chilenos rejeitaram pela segunda vez a proposta de uma nova Constituição e frearam um avanço da ultradireita no país: com 99% das urnas apuradas, 56% da população havia votado contra e 44%, a favor do texto consolidado por essa força política nos últimos meses, em referendo realizado neste domingo (17/12).