Mercado energético

PLD médio deve se manter baixo até 2030, prevê Thymos Energia

Em meio ao cenário de sobreoferta sistêmica de energia elétrica, pouca demanda e a entrada da geração distribuída cada vez maior, o Preço de Liquidação das Diferenças (PDL) médio deve se manter baixo nos próximos anos, abaixo da faixa de R$ 100/MWh, até 2030. A previsão é de João Carlos Mello, CEO da Thymos Energia, que participou ontem, 20 de setembro, do VII Fórum Cogen (Associação da Indústria de Cogeração de Energia).  

PLD médio deve se manter baixo até 2030, prevê Thymos Energia

Em meio ao cenário de sobreoferta sistêmica de energia elétrica, pouca demanda e a entrada da geração distribuída cada vez maior, o Preço de Liquidação das Diferenças (PDL) médio deve se manter baixo nos próximos anos, abaixo da faixa de R$ 100/MWh, até 2030. A previsão é de João Carlos Mello, CEO da Thymos Energia, que participou ontem, 20 de setembro, do VII Fórum Cogen (Associação da Indústria de Cogeração de Energia).  

“Nós estamos com a sobreoferta de energia, a carga não está crescendo, a geração distribuída entrando no varejo está reduzindo a carga bruta. Eu tenho uma carga líquida menor, então a geração enxerga uma carga líquida menor, portanto, eu estou com menos demanda do que eu preciso ou do que eu tenho de oferta e, com isso, meu preço vai ficar mais estável. A tendência estrutural é de preço spot próximo de R$ 100/MWh com reflexo no mercado de contratos”, afirmou Mello.

>> PSR explica: É hora de rediscutir a lógica do PLD mínimo.

Segundo previsão da consultoria, baseada no cenário atual do Brasil, o PLD deve ficar no piso, atualmente de R$ 69/MWh, em todo o país nos próximos anos, subindo para algo entre R$ 80 a R$ 82 por MWh nas regiões entre 2027 e 2030.  

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

No entanto, alguns aspectos da atual conjuntura brasileira podem mudar este cenário. A reversão da hidrologia positiva para uma tendência mais baixa e o atraso ou mesmo suspensão da contratação das termelétricas impostas pela Lei n° 14.182/2021, da privatização da Eletrobras, podem mudar esse cenário futuro.

Outro ponto que pode alterar as perspectivas é o aumento da demanda por meio da ampliação do mercado de hidrogênio verde, considerando a demanda energética necessária para sua produção, e/ou pela eletrificação da frota veicular brasileira. 

Uma possível desaceleração da expansão das renováveis a partir de 2027, devido ao fim do desconto do fio, também pode afetar a sobreoferta de energia e, consequentemente, a tendência dos preços. 

Eólica Offshore

Em relação ao interesse de petroleiras no mercado de eólica offshore, João Carlos Mello afirma que a fonte deve ser destinada à exportação, dada a falta de racionalidade para preços, já que é uma tecnologia ainda muito cara. 

“Não acho razoável a questão do offshore. Para produzir hidrogênio em alto mar ou para exportar para onde quiser é questão de cada um. Mas, trazer para a gente utilizar aqui dentro, eu acho que vai demorar até ter competição”, conclui o executivo.

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.