A Petrobras deve reportar forte resultado do segundo trimestre, em demonstrações financeiras a serem divulgadas nesta quarta-feira, 4 de agosto, após o fechamento do mercado. A expectativa positiva, segundo analistas, deve-se principalmente ao aumento do preço do petróleo, com efeito na área de exploração e produção, e das vendas de combustíveis, impactando positivamente o negócio de refino, no período.
No segundo trimestre do ano passado, a petroleira registrou prejuízo de R$ 2,7 bilhões, na esteira das medidas isolamento social provocadas pela pandemia de covid-19 e da queda drástica do preço do petróleo. No mesmo período, a receita líquida da petroleira foi de R$ 51 bilhões e o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).
“Pelo que vimos do relatório de vendas e produção, a parte do refino veio forte. São boas expectativas para upstream [exploração e produção] e refino. Frente ao segundo trimestre de 2020, que ficou muito fraco por causa da pandemia, não há dúvida de que, quando fizermos essa comparação, o resultado vai vir mais forte”, destacou Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.
Ele lembrou ainda que o cenário hidrológico adverso deve resultar em bons números da Petrobras no negócio de gás natural e energia.
Na mesma linha, o Credit Suisse e o UBS indicam que a valorização do Real frente ao dólar no segundo trimestre deste ano também será um fator favorável para o resultado da maior petroleira do país no período.
O Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) também ressalta, em relatório, efeito positivo esperado das receitas extraordinárias da ordem de R$ 5,9 bilhões, sendo R$ 4,4 bilhões referentes à exclusão da base de cálculo do ICMS, em decorrência da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF); e R$ 1,5 bilhão referente à venda de 10% da Nova Transportadora do Sudeste (NTS).
Fonte: MegaWhat, a partir de projeções divulgadas por casas de análise