A Equatorial Energia confirmou na noite de ontem, 29 de outubro, que fechou um acordo para adquirir a Echoenergia da gestora britânica Actis, por R$ 6,657 bilhões.
A notícia foi antecipada pelos sites “Brazil Journal” e “Pipeline”, do jornal “Valor Econômico”, e confirmada pela MegaWhat. Além do montante a ser desembolsado, o negócio envolve a assunção de dívidas da ordem de R$ 3 bilhões.
A Echoenergia tem 1 GW em projetos operacionais da fonte eólica e 200 MW em estágio de construção avançado, além de um portfólio de 1,1 GW de capacidade em projetos prontos para serem construídos, sendo 10% eólicos e 90% solar.
A companhia, lançada pela Actis em 2017, se destacou no mercado nos últimos anos ao conseguir viabilizar empreendimentos no mercado livre com contratos de venda de energia (PPA, na sigla em inglês) de longo prazo sempre firmados com contrapartes de alto rating de crédito. Fechar contratos “triple A” era quase um mantra para o presidente da companhia, Edgard Corrochano.
Desde 2019, a Actis tentava colocar o negócio à venda, e chegou a negociar com o canadense CDPQ, mas não avançaram. Neste ano, as tratativas para se desfazer do ativo foram retomadas, e atraíram grande concorrência, inclusive da Eneva, que foi até o fim mas acabou sendo vencida pela Equatorial. Segundo uma fonte, a proposta vencedora era mais completa e fazia mais sentido para os vendedores.
Com a aquisição, a Equatorial entra já de forma robusta no segmento de geração renovável, o que estava nos planos estratégicos de crescimento da companhia. Em fato relevante arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia destacou ainda que o novo negócio vai agregar ao seu time uma equipe de gestão experiente com histórico comprovado no desenvolvimento, construção e operação de ativos, além de permitir a venda direta de energia aos consumidores por meio de sua comercializadora, obtendo retornos superiores por conta do benefício do desconto do fio vigente para as fontes incentivadas.
O montante a ser pago será corrigido pela variação do CDI desde a data base até o fechamento e estará sujeito a ajustes positivos ou negativos, decorrentes, por exemplo, de variação entre endividamento líquido e capital de giro neste período.
A conclusão da operação está sujeita a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a aprovação em assembleia geral de acionistas da Equatorial, entre outras condições precedentes.
(Atualizado em 29/10/2021, às 9h40)