A Petrobras e o grupo Ultra desistiram das negociações em torno da venda da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, informou a estatal nesta sexta-feira, 1º de outubro. O encerramento do processo – o terceiro do tipo que teve as negociações concluídas sem êxito – ocorre em meio a uma tensão no mercado com relação à manutenção da política de preços da Petrobras, que tem sido criticada pelo presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) pelo preço da gasolina e do diesel.
“Apesar dos esforços envidados por ambas as empresas nesse processo, certas condições críticas não tiveram êxito para um acordo, optando-se pelo encerramento das negociações em curso, sem penalidades para nenhuma das partes. Assim, a Petrobras iniciará tempestivamente novo processo competitivo para essa refinaria”, informou a Petrobras, em nota sobre o fim das negociações com o grupo Ultra.
Além da Refap, os processos de venda da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, e da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, não tiveram êxito.
A companhia segue em andamento com os processos de venda das refinarias Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais, Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), no Ceará; e Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná.
Do pacote de oito refinarias colocadas à venda pela estatal, apenas duas tiveram o contrato assinado até o momento. A primeira foi a Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, para o fundo Mubadala, por US$ 1,65 bilhão, e a outra foi a Refinaria Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas, para o grupo Atem, por US$ 189,5 milhões.
(Foto: André Valentim / Agência Petrobras)
