Óleo e Gás

Eneva estima mercado "small scale" de 1,8 milhão de m3/dia de gás na região Norte

Eneva estima mercado "small scale" de 1,8 milhão de m3/dia de gás na região Norte

A Eneva estima que o mercado em pequena escala (small scale LNG) na região Norte do país alcance 1,8 milhão de m3/dia de gás natural equivalente. O montante é dividido em sua maior parte para a troca do óleo diesel no transporte hidroviário, seguido da geração termelétrica em sistema isolado, e complementado por conversão de gás natural para a indústria e atendimento de GNV em Manaus. 

Hoje a empresa possui cinco poços perfurados na bacia do Amazonas, no campo de Azulão, que totalizam 7,11 bilhões de metros cúbicos de gás natural (bcm) de reservas 2P. O cluster de Azulão já está desenvolvido e conta com unidade de tratamento de gás, tendo recebido R$ 509 milhões em investimentos em exploração e desenvolvimento. 

“É o melhor número que se tem hoje, com base em estudo que fizemos, a partir da demanda de cada energético nessa região, incluindo o custo de liquefazer e transportar o gás, e da conversão como mais provável e viável de se para regiões com densidade maior de consumo”, disse Marcelo Lopes, diretor de Novos Negócios, Marketing e Comercialização de Gás e Energia da Eneva, durante evento com investidores nesta terça-feira, 8 de fevereiro. 

Dessa forma, o mercado prospectado pela Eneva com a substituição do óleo diesel pelo gás natural na geração termelétrica na região, não perde valor com uma integração ao Sistema Interligado Nacional (SIN), uma vez que a empresa aposta na diversificação do seu portfólio. 

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Olhando para a substituição do óleo diesel, a empresa não estuda apenas uma área da região Norte, mas um percentual de 60% a 70% da demanda em regiões pulverizadas, priorizando aquelas com maior densidade populacional. 

“Vamos focar nossos esforços para soluções de forma a viabilizar o gás natural em substituição ao diesel, seja porque é o mais utilizado, seja porque tem o maior custo e inviabiliza as melhores margens para conversão das empresas”, completou o diretor da Eneva durante apresentação. 

Para isso, a empresa está estudando junto a operadores locais uma logística hidroviária, questão que está entre os seus principais desafios, e grande foco do de desenvolvimento. Dessa forma, conseguiria superar o modal rodoviário, que enfrenta poucas estradas e com a maioria não muito adequadas. 

Superar o desafio das hidrovias da região, presentes com abundância na região, destravaria valor na região para a empresa, principalmente por outras duas reservas que possui na região Norte, na Bacia do Solimões, como recursos contingentes de gás natural: Juruá com 20,8 bcm de reservas 2P, e Anebá, com 3,4 bcm de reservas 2P. 

“Juruá é um gigante adormecido. Hoje não tem uma forma de monetizar o recurso, por isso é um recurso por contingente, mas ao desenvolver Azulão, a Eneva desenvolveu competências para entender que as reservas são possíveis”, explicou Lino Cançado, diretor de Operações da Companhia. 

O campo de Juruá foi descoberto em 1978 e comprado pela Eneva em 2021. Dos 21 poços, a empresa terá seis, sendo que quatro deles, que somam uma capacidade de 2 milhões de m3/dia, estão prontos para produzir.

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