Membros da União Europeia se reuniram nesta segunda-feira, 16 de janeiro, para discutir a criação de consórcios para empresas e consumidores de gás natural no continente europeu. O objetivo da iniciativa é negociar a compra do insumo com fornecedores internacionais de forma conjunta, e assim, reduzir os preços.
“Estamos trabalhando com um cronograma apertado para nos preparar a tempo para o próximo inverno e para o reabastecimento de armazenamento. Por isso, encorajei os Estados-membros a envolverem-se rapidamente com os principais mediadores do mercado a nível nacional – primeiro, para identificar aqueles que irão participar da plataforma e, segundo, para estimar os volumes, bem como o destino do gás a ser adquirido. Ao mesmo tempo, incentivei a indústria a manifestar o seu interesse em aderir a um consórcio europeu. O objetivo é divulgar a demanda agregada para atrair ofertas de oferta no início da primavera, seguida da primeira compra conjunta bem antes do verão”, disse o vice-presidente da Comissão Europeia, Maros Sefcovic, durante a reunião dos membros.
O programa de consórcios faz parte do mecanismo de compra conjunta da União Europeia e visa evitar que as empresas da União Europeia (UE) elevem os preços do mercado. Outra reunião será realizada no dia 25 de janeiro para os países-membros discutirem quais fornecedores internacionais devem ser escolhidos.
Em um encontro realizado no final de 2022 para discutir o futuro do gás na Europa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a UE enfrentará um déficit de quase 30 bilhões de m³ de gás natural em 2023.
“Ao tornar realidade a compra conjunta de gás, utilizaremos o peso econômico e político da UE para garantir mais abastecimento aos nossos cidadãos e à nossa indústria”, disse Leyen.