A produção média de petróleo dos contratos de partilha no pré-sal cresceu 6,2% em maio deste ano na comparação com abril, atingindo 819 mil barris por dia (bpd), segundo a Pré-Sal Petróleo (PPSA), estatal responsável pela gestão desses contratos para a União. Segundo boletim mensal publicado hoje, 12 de julho, o Campo de Búzios foi responsável por quase 50% desse resultado. Do total, a União teve direito a uma parcela de 45,7 mil bpd, um volume 32% maior do que o registrado em abril. A parcela da União é majoritariamente oriunda dos contratos de Mero (31,5 mil bpd), Búzios (5,6 mil bpd) e Entorno de Sapinhoá (4,6 mil bpd).
A produção de maio foi maior que a de abril em função do retorno à operação do FPSO Guanabara, no campo de Mero, que estava em parada para manutenção. Na comparação com a produção média de maio de 2022, de 672 mil bpd, o crescimento foi de 21,9%.
Em relação ao gás natural, a produção em maio teve aproveitamento comercial de 2,4 milhões de m3/dia em três contratos, sendo a maior parte oriunda de Búzios (2,2 milhão de m3/dia). O resultado foi 20% maior em relação ao mês de abril, diante do retorno da exportação de gás da plataforma P-77, no campo de Búzios, após parada para manutenção. Em maio, a média da parcela da União de gás natural disponível foi de 143 mil m3/dia, 8% superior ao de abril. A maior parte do gás destinado à União foi oriunda do Entorno de Sapinhoá (111 mil m3/dia) e de Búzios (32 mil m3/dia).
Regime de partilha
O regime de partilha foi instituído em 2010, voltado para a exploração dos recursos do pré-sal e outras áreas consideradas estratégicas pelo Conselho Nacional de Politica Energética (CNPE).
Neste regime, abatem-se os custos de produção e de obrigações legais. O lucro de produção é partilhado entre a União (por meio da PPSA) e empresas do consórcio. Esta partilha é em petróleo e gás, não em dinheiro. Os recursos da União são comercializados sob gestão da PPSA, que também faz a gestão dos contratos de partilha no pré-sal.