O governador Eduardo Leite e o presidente da Argentina, Alberto Fernández, estiveram reunidos na última sexta-feira, 28 de julho, para discutir sobre o gasoduto de Vaca Muerta e assuntos de integração regional entre o Rio Grande do Sul e o país vizinho.
“A questão do gasoduto é a que nós temos maior foco na nossa discussão aqui. Recebemos a informação, por parte do governo argentino, da intenção de licitar, já em setembro, a execução do trecho do gasoduto entre Salliquello e San Jerónimo, o que será suficiente para trazer o gás até Uruguaiana”, disse Leite.
Na audiência, realizada no gabinete presidencial na Casa Rosada, em Buenos Aires, o governador brasileiro destacou a importância de o traçado da obra chegar até a cidade de Uruguaiana, de maneira a estimular os mercados brasileiro e gaúcho de gás natural.
“Estamos buscando combinar interlocução e articulação com os nossos empresários brasileiros para os contratos futuros desse gás. É o momento de começar a fazer mobilizações para dentro do estado do Rio Grande do Sul e para dentro do Brasil. Vamos trabalhar na lógica de construir as condições para viabilizar o gasoduto entre Uruguaiana e Porto Alegre”, explicou o governador.
Leite conversou com o presidente argentino sobre obras de infraestrutura na fronteira com o Rio Grande do Sul. Na audiência, o governador foi acompanhado por uma comitiva do estado, com o secretário da Casa Civil, Artur Lemos, pelo procurador-geral do estado, Eduardo Cunha da Costa, pelo presidente da Assembleia Legislativa, Vilmar Zanchin, e pelo presidente Fiergs, Gilberto Petry.
Térmica a gás
Na última semana, em nova tentativa do governo do Rio Grande do Sul em destravar a implantação da termelétrica a gás natural Rio Grande, de 1,28 GW, uma comitiva do estado participou da reunião pública de diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Eberson Thimmig Silveira, representante da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) apontou em sua sustentação oral a importância do projeto para o estado e para o desenvolvimento do seu mercado de gás natural.
Segundo ele, a termelétrica viabilizaria o terminal de gás previsto para o estado, de 14 milhões de metros cúbicos por dia e seria “uma grande porta para entrada” do gás no estado.
A deliberação sobre a viabilização da usina, que seria assumida pelo grupo Cobra, foi postergada pelo diretor relator do processo, Hélvio Guerra, que irá analisar as contribuições do estado e retomar o tema em uma nova reunião.