Os contratos de partilha no polígono do pré-sal deverão render mais de 500 mil barris de óleo e cerca de 3 milhões de m³ por dia de gás natural por dia para a União até 2029. Com isso, a arrecadação a ser recebida em comercialização de óleo e gás, investimentos, tributos e participações governamentais deve ultrapassar R$ 2,1 trilhões.
As projeções indicam um forte aumento na produção do pré-sal destinada à União, que atualmente gira em torno de 49 mil barris por dia de petróleo e 100 mil m³ por dia de gás natural. Segundo a diretora técnica e presidente interina da Pré-Sal Petróleo (PPSA) Tabita Loureiro, a PPSA e o Ministério de Minas e Energia (MME) estão discutindo políticas públicas endereçadas para esse gás natural que deve ser disponibilizado ao mercado pela União.
As informações foram apresentadas por Loureiro nesta terça-feira, 24 de outubro, durante o OTC Brasil, evento organizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e pela Offshore Technology Conference (OTC) no Rio de Janeiro.
Sinergia entre operadoras em avaliação
No painel, a PPSA também informou que estão sendo estudadas “sinergias” entre os contratos do pré-sal. A possibilidade de melhor aproveitamento de recursos é uma solicitação antiga de operadoras, não apenas no pré-sal.
“Estamos estudando se há oportunidade de sinergia entre os contratos do pré-sal, para endereçar essas conversas. Às vezes você tem muitas pequenas descobertas que sozinhas não se viabilizam, então com compartilhamento de infraestrutura pode ser que se viabilize a produção tanto de óleo quanto de gás. O MME está trabalhando dentro do Gás para Empregar e Potencializa E&P medidas, como sinergias e políticas públicas, que fomentem tudo isso”, explicou Tabita Loureiro.
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