Dos 153,93 milhões de m³ de gás natural produzidos no Brasil em janeiro de 2023, apenas 51,6 milhões de m³ foram disponibilizados ao mercado, o que equivale a 33,5% da produção. A maior parte do gás extraído, correspondente a 52,8%, foi reinjetado nos poços. Outros 13,6% foram utilizados em consumo interno nas plataformas ou em queima.
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No total, a produção de gás natural em janeiro recuou 1,7% em relação a dezembro de 2023, mas aumentou 7,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. As informações são do Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural, produzido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Segundo o boletim, a produção de óleo e gás no Brasil em janeiro de 2024 aumentou 7,5% na comparação anual, atingindo 4,48 milhões de barris de óleo equivalente por dia. Em relação ao mês anterior, entretanto, a produção recuou 1,8%.
Em petróleo, foram extraídos 3,519 milhões de barris por dia, uma redução de 1,8% na comparação com o mês anterior e aumento de 7,5% em relação ao mesmo mês de 2023.
A Bacia de Santos respondeu por 73% da produção de óleo e 75% da produção de gás. O campo de Tupi, localizado na região, foi o que mais produziu, com média de 753,3 mil barris de óleo equivalente por dia e 37 milhões de m³ por dia.
Os campos operados pela Petrobras, em consórcio ou não, produziram 88% do total de petróleo e gás natural. Em seguida, as empresas com maiores índices de produção são a Shell e a TotalEnergies, respectivamente. Campos marítimos produziram 97% do petróleo e 84% do gás natural no período, e o pré-sal foi responsável por 75,5% do total produzido no Brasil.