Para aumentar a margem de escoamento da geração renovável em cinco estado, elevar a capacidade de exportação de energia e evitar sobrecarga de algumas regiões serão necessários cerca de R$ 56,2 bilhões em investimento, associados a construção de 14,6 mil quilômetros de linhas de transmissão e de subestações para expansão do Sistema Interligado Nacional (SIN) até 2029.
Segundo dados do Programa de Expansão da Transmissão (PET) e do Plano de Expansão de Longo Prazo (PELP) – documento gerencial, publicado duas vezes ao ano pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) que abrange todas as obras que ainda não tenham sido autorizadas ou licitadas -, os recursos devem proporcionar reforços estruturais para escoamento do potencial de energia solar fotovoltaica de Minas Gerais, aumentar a confiabilidade no atendimento aos estados de algumas regiões do país, permitir o pleno escoamento da geração contratada, ampliar as margens para conexão de novos empreendimentos e atender o crescimento da demanda local dos estados.
Do valor total, R$ 37,8 bilhões (67%) dizem respeito a investimentos em linhas de transmissão, ao passo que R$ 18,4 bilhões (33%) são relacionados a subestações. Desses valores, R$ 45,7 bilhões são referentes a instalações de caráter licitatório, enquanto R$ 10,5 bilhões são associados as instalações de caráter autorizativo, sendo que R$ 30,6 bilhões se referem a investimentos em obras planejadas originalmente com o propósito de escoamento de geração, envolvendo eventualmente a ampliação das interligações, ao passo que R$ 25,6 bilhões são relativos a obras planejadas com foco no atendimento aos mercados regionais.
Licitações
Demandando cerca de R$ 37,8 bilhões em investimentos, os 14,6 mil km em novas linhas de transmissão devem ser licitados por meio de dois leilões em 2024, que devem contar com R$ 24,7 bilhões em recursos, e um em 2025, com R$ 21 bilhões, conforme previsão da EPE.
Submercados
Para atender aos submercados brasileiros, a EPE estima cerca de R$ 18,3 bilhões para o submercado Sudeste/Centro-Oeste (33%), R$ 16,9 bilhões para o Nordeste (30%), R$ 15,8 bilhões no Sul (28%) e R$ 5,2 bilhões para o Norte (9%).
