O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) avaliou na última semana, em reunião virtual, a proposta de curva de referência de armazenamento para o ano de 2022, apresentada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A curva de referência vai auxiliar a tomada de decisão do colegiado quanto à necessidade de adoção ou permanência de medidas adicionais com vistas à garantia do atendimento energético no País.
A metodologia adotada foi similar à proposta para a curva de referência 2021, com o diferencial de se tratar de curva anual e não bianual conforme anteriormente considerada. Segundo o Comitê, a aplicação da metodologia foi definida para assegurar, no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, um armazenamento mínimo de 20% ao final de novembro de 2022, resultando em três curvas de referência, cada uma associada a uma premissa de geração termelétrica.
Para os demais subsistemas, as restrições de armazenamento em novembro de 2022 serão de 30% para o Sul; de 23,5% para o Nordeste; e 20,7% para o Norte, resultando em uma única curva de referência por subsistema. Para o Sistema Interligado Nacional (SIN), assim como para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, foram apresentadas três curvas de referência, com valor de armazenamento mínimo de 21,3% ao final de novembro de 2022.
A proposta apresentada pelo ONS foi aprovada pelo CMSE, que registrou o caráter não determinativo da curva, caracterizando-se como instrumento para agregar maior robustez e transparência ao processo de monitoramento e garantia do atendimento energético, especialmente no atual contexto de manutenção do despacho fora da ordem de mérito e de outras medidas que visam garantir a segurança do suprimento.
A Nota Técnica sobre a metodologia aprovada será finalizada pelo ONS e disponibilizada aos agentes.