A malha de 500 kV do Norte e Nordeste e os limites de transmissão de todas as linhas da rede Norte / Nordeste / Centro-Oeste serão reduzidos em setembro, segundo informado durante a Programação Mensal da Operação (PMO) de setembro, promovida pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) nesta quinta-feira, 24 de agosto.
As razões para a redução estão no apagão de 15 de agosto, cujas causas ainda não estão completamente determinadas. De acordo com o Operador, ainda há incertezas sobre as causas do desligamento e sobre o desempenho do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Como resultado, os limites para setembro serão até 62,5% mais baixos do que aqueles previstos para outubro – caso do fluxo do Norte para Xingu, que tem limite de 1.500 MW em setembro e de 4.000 MW para outubro.
Todas as linhas terão fluxo mais reduzido em setembro no Norte / Nordeste / Centro-Oeste em comparação com outubro. As cargas previstas para o subsistema Sul-Sudeste não foram impactadas.
Nesta sexta-feira, 25 de agosto, será realizada a primeira reunião de Relatório de Análise de Perturbação (RAP) referente ao apagão. Durante o mês de setembro, o ONS espera identificar as causas e a cronologia do apagão e fazer avaliações sobre o desempenho do SIN, “notadamente das respostas dinâmicas de compensadores síncronos e estáticos, dos bipolos de corrente contínua e de geradores, bem como do desempenho das proteções”. A partir destas descobertas, o ONS vai reavaliar as medidas operativas e os limites de intercâmbio da rede.
Medidas
Entre as medidas tomadas pelo Operador no dia 15 de agosto, houve a redução no carregamento das linhas de transmissão e a postergação de manutenções programas.
Seguindo os procedimentos de operação relativos ao despacho de geração para atendimento à Folga de Potência Monitorada (FPM) o ONS ainda reduziu o intercâmbio internacional para atendimento à carga do SIN, apenas no momento; despachos térmicos de rápida resposta por razão elétrica localizadas nos subsistemas Sul e Sudeste.
Numa etapa anterior ao despacho térmico, o Operador solicitou o aumento da geração hidráulica em todos os subsistemas do SIN até o nível de manutenção da folga.
Também houve importação de energia da Argentina e do Uruguai em caráter de emergência, por meio de um acordo entre os países vizinhos de que em emergências é possível solicitar entre os operadores essa cooperação.
