Mercado Livre

Alterações da Cpamp teriam elevado o PLD para R$ 249,1/MWh em janeiro

business man financial inspector and secretary making report, calculating or checking balance. Internal Revenue Service inspector checking document. Audit concept
business man financial inspector and secretary making report, calculating or checking balance. Internal Revenue Service inspector checking document. Audit concept

A
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e o Operador Nacional do
Sistema (ONS) divulgaram os conjuntos de arquivos dos modelos computacionais caso
os novos parâmetros de aversão ao risco e a metodologia PAR(p)-A, aprovados
pela Cpamp, estivessem em vigor. 

Os
dados de média mensal do Preço da Liquidação das Diferenças (PLD), com base nos
resultados do modelo Decomp disponibilizados pela CCEE, foram compilados pela
MegaWhat e 
comprovam a expectativa de aumento dos preços, com um modelo mais avesso ao risco, priorizando o armazenamento
nos reservatórios das hidrelétricas e, consequentemente, indicando um maior
acionamento de termelétricas.

No
submercado Sudeste/Centro-Oeste, que teve seu comportamento acompanhado pelo
submercado Sul, o preço chegaria a bater a média de R$ 249,1/MWh em janeiro,
ficando acima de R$ 110/MWh de fevereiro a abril. Em maio, o valor ainda se
aproximou do piso, chegando a R$ 91,1/MWh. 


“Os
arquivos não consideram o encadeamento das rodadas, sendo um processo sombra que
considera as mudanças aprovadas pela Cpamp nos decks oficiais. Caso os
aprimoramentos já fossem válidos, poderia haver diferenças na operação,
principalmente em relação aos volumes dos reservatórios, mas o que vemos nos
resultados divulgados é que mesmo com a melhora gradativa do armazenamento verificada
no período, ainda assim, a média mensal do PLD não indica que ele estaria no
piso em maio, por exemplo”, aponta Tainá Mota. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

 Para o submercado Nordeste, que teve
o mesmo comportamento do Norte
, não houve
alteração entre a projeção com as novas regras e a atual até abril, pelo bom
volume de chuvas registrado no período. No entanto, com a transição para o
período seco, estes já registraram um acoplamento com os preços do Sudeste e
Sul em maio. 


Alterações 

As
mudanças entrarão em vigor a partir de janeiro de 2023 e prevê a adoção da
metodologia PAR(p)-A na geração de cenários e construção de função de custo
futuro dos modelos computacionais, no lugar do PAR(p).

O
PAR(p) é uma metodologia estatística que considera a memória hidrológica
histórica do sistema dentro do modelo Newave, que trata do planejamento no
horizonte de até cinco anos. Ele olha as afluências do passado para projetar as
do futuro. Com a mudança para o PAR(p)-A, será usado um histórico mais
abrangente, considerando um peso para a média dos últimos doze meses, deixando
a metodologia mais realista para a geração de cenários futuros.

Também
houve alterações nos parâmetros de risco do CVaR, que mede a aversão ao risco,
com um peso maior aos piores cenários do histórico, a fim de aumentar o nível
de segurança da operação do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Outras
consultas 

Nesta
segunda-feira, 13 de junho, o Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou para
consulta pública a documentação técnica do Grupo de Trabalho de Metodologia da
Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do
Setor Elétrico (Cpamp), 
que trata dos temas propostos para os próximos ciclosde atividades. As contribuições serão
recebidas pelo ministério pelo prazo de 30 dias. 

Na
última sexta-feira, a pasta também colocou em consulta pública, pelo prazo de
12 dias, a 
validação do modelo Suishi, no modo de simulação para o cálculo de energia
firme, para a implementação da Versão 16.


Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.