Em dezembro de 2022, a capacidade instalada do estado de São Paulo atingiu 27.197 MW, gerando 45% da energia necessária para atender a sua demanda e que representa uma adição de dois pontos percentuais em relação ao registrado no ano anterior.
O dado consta no Balanço Energético do Estado de São Paulo 2023 (ano base 2022) e considera o “significativo acréscimo da participação da energia solar fotovoltaica, aumento da geração das hidrelétricas devido à hidrologia favorável, além de elevação da geração das usinas a biomassa, permitindo, com isso, redução de geração de energia a partir de termelétricas a gás natural”.
Já o consumo de energia elétrica, incluindo o da autoprodução local, foi de 154.819 GWh, aumento de 2% em relação ao ano anterior. Com exceção dos setores público e agropecuário, todos os demais setores apresentaram aumento de consumo de energia elétrica no período, com destaque para o aumento de 8% no consumo do setor comercial.
Para Natália Resende, secretária do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, é importante ampliar a geração no estado para reverter a necessidade de importação de energia.
“Em São Paulo há uma variedade de fontes, da hidráulica à térmica, e um mercado consumidor em expansão. Os dados do Balanço nos ajudam a traçar ações para crescer em fontes mais limpas aproveitando a vocação energética estadual, sobretudo, a hidráulica, a biomassa da cana-de-açúcar, o biogás, os resíduos sólidos, a solar fotovoltaica e o gás natural”, avalia.
São Paulo também registrou alta significativa de 19% na autoprodução de energia elétrica – quando a energia é gerada e consumida localmente.
Oferta de energia
A participação das energias renováveis na matriz energética paulista em termos de oferta de energia interna bruta, que considera tudo que é produzido, importado e exportado, aumentou de 40 milhões de toneladas de óleo equivalente (toe) para 42 milhões, entre 2021 e 2022.
O resultado contribuiu para a capacidade de renovação da matriz do estado, que subiu de cerca de 61,4% para 63,9%, a melhor taxa desde 2017, puxada principalmente pelos produtos da cana-de-açúcar, seguido pela energia hidráulica.
Na proporção do consumo de energia primária a partir de fontes renováveis passou de aproximadamente 77% em 2021 para quase 79% em 2022. A elevação acompanhou a alta do consumo per capita a partir da normalização das atividades econômicas no pós-pandemia, refletida no crescimento de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) paulista.
“A partir de 2023, espera-se que os resultados sejam cada vez melhores em decorrência das políticas públicas estruturantes que adotamos, focadas em atrair investimentos em projetos de transição energética no estado”, analisa a secretária Natália Resende.