O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, irá ao Paraguai amanhã, 7 de maio, para discutir a questão do preço da energia da hidrelétrica de Itaipu Binacional e a renegociação do Anexo C. O objetivo é chegar a uma solução que agrade os dois países donos da usina o quanto antes, para que os congressistas dos dois lados possam aprovar os novos termos em “no máximo seis, sete meses”, segundo Silveira.
O Brasil vai manter a posição de não aceitar a elevação do preço da energia da usina, como defendido pelo Paraguai, disse o ministro. Para que o país vizinho aceite a proposta, serão oferecidas algumas contrapartidas que sejam soluções definitivas e que farão parte da negociação do Anexo C, que é a parte do Tratado de Itaipu sobre a comercialização da energia elétrica da usina.
“Vou levar amanhã essa proposta que acho que é extremamente boa para os dois lados, e leva em consideração a gente sair desse desse ciclo vicioso de todo ano ter esse estresse de negociação com o Paraguai. Eu acho que está na hora do Paraguai ter sua autonomia energética, sua liberdade”, disse Silveira.
A “solução média entre o que o Paraguai deseja e o Brasil quer” vai considerar a preocupação do governo com a questão da tarifa de energia, disse o ministro. Questionado sobre os gastos socioambientais da usina, que são custeados pela tarifa de energia, Silveira disse que esses recursos são mais importantes para o lado paraguaio do que para o brasileiro, e destacou que são pagos “há mais de uma década” para investimentos sociais.
“É um dos pontos que nós queremos tratar com o Paraguai, achar um denominador para que isso seja solucionado de forma definitiva, a fim de que o recurso do setor elétrico seja utilizado no setor elétrico e o recurso de investimento social seja utilizado em investimento social”, disse.