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Com alta do Brent, lucro da Petrobras cresce 26,8% no 2º tri, a R$ 54,3 bilhões

A Petrobras teve lucro líquido atribuível aos acionistas de R$ 54,3 bilhões no segundo trimestre do ano, aumento de 26,8% na comparação com o resultado do mesmo período do ano passado. A companhia divulgou também seu lucro recorrente, que cresceu 10,1%, a R$ 45 bilhões.

O resultado não recorrente desconsiderou questões como o resultado com acordo de coparticipação em Sépia e Atapu, de R$ 14,2 bilhões, e o resultado com a alienação e baixa de ativos, de R$ 1,8 bilhão.

O resultado, um dos maiores da história da Petrobras para um trimestre, permitiu que a companhia anunciasse pagamentos adicionais de dividendos aos acionistas neste trimestre.

A receita da Petrobras avançou 54,4%, a R$ 171 bilhões, refletindo, principalmente, o aumento de 65,3% do Brent no período, para US$ 113,78 o barril, em média. O dólar médio, por sua vez, caiu 7,2%, a R$ 4,92.

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O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da Petrobras cresceu 58,6% no trimestre, a R$ 98,26 bilhões, enquanto o Ebitda ajustado recorrente cresceu 65,5%, a R$ 99,3 bilhões.

O resultado financeiro da companhia foi negativo em R$ 15,7 bilhões no trimestre, resultado de receitas financeiras de R$ 3 bilhões, e despesas financeiras de R$ 4,6 bilhões, além de variações monetárias líquidas negativas em R$ 14,1 bilhões. No segundo trimestre do ano passado, o resultado financeiro da Petrobras foi positivo em R$ 10,7 bilhões.

A dívida bruta da Petrobras, ao fim do trimestre, era de US$ 53,57 bilhões, retração de 15,9% na base anual. A dívida líquida, por sua vez, recuou 35,3%, a US$ 34,4 bilhões. Com isso, a relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado caiu de 1,49 vez para 0,60 vez ao fim de junho deste ano.

Vendas e exportações

A receita com venda de derivados cresceu 58,3% no trimestre, a R$ 100 bilhões, sendo R$ 52,6 bilhões com a venda de diesel (aumento de 63,9%) e R$ 21,2 bilhões com gasolina (aumento de 46,7%).

Segundo a companhia, a guerra da Ucrânia causou uma “alteração relevante dos fluxos de petróleo” no primeiro semestre do ano, com desvio das exportações russas, que anteriormente abasteciam a Europa, para os mercados da Ásia, principalmente Índia e China.

A Petrobras aproveitou o cenário para alterar o fluxo das suas exportações, que passaram a ir, em grande parte, para o mercado europeu. O principal mercado de exportação de petróleo deixou de ser a China (45% das exportações no segundo trimestre de 2021) para a Europa (39% no segundo trimestre deste ano).C