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Inclusão de baterias em leilão pode dar ‘start’ no setor e trazer demanda estrutural, diz WEG

A inclusão de sistemas de baterias no leilão de reserva de capacidade poderia dar um ‘start’ no setor, fazendo com que o Brasil tenha uma demanda mais estruturada, segundo André Salgueiro, diretor de Finanças e Relações com Investidores da WEG.

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A inclusão de sistemas de baterias no leilão de reserva de capacidade poderia dar um ‘start’ no setor, fazendo com que o Brasil tenha uma demanda mais estruturada, segundo André Salgueiro, diretor de Finanças e Relações com Investidores da WEG.

Em teleconferência realizada nesta sexta-feira, 3 de maio, para comentar os resultados do primeiro trimestre de 2024, o executivo afirmou que a promoção do certame pode desenvolver o mercado no país, elevando os níveis de demandas pela modalidade, que tem tido procuras pontuais na fabricante, principalmente para projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).

No momento, a WEG tem focado seus esforços na produção de sistemas de armazenamento de energia para packs de ônibus elétricos. 

De acordo com Salgueiro, a estratégia ocorreu em meio à falta de uma demanda ‘significativa’ por Battery Energy Storage System (BESS, na sigla em inglês), solução de armazenamento de energia gerada por fontes renováveis.

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“Estamos acompanhando de perto os debates sobre o leilão. Temos demandas bem pontuais e, obviamente, caso esse tema seja endereçado e entre por meio de um leilão, poderia ocorrer um ‘start’ para uma demanda mais estrutural. Vamos acompanhar e ver como vai ser a evolução”, disse Salgueiro.

O Ministério de Minas e Energia (MME) tem falado sobre a possibilidade de incluir o equipamento no primeiro leilão de reserva de capacidade do ano, contudo uma regulamentação sobre a solução ainda precisa ser elaborada. As diretrizes sobre o tema estão sendo estudas pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Mover

Além do setor de baterias, a WEG vê uma outra possibilidade de desenvolvimento brasileiro no setor automobilismo, no âmbito no programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover). No início de abril, a fabricante foi habilitada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e segundo o diretor administrativo e financeiro da empresa, André Rodrigues, a entrada será importante para a companhia em questões vinculadas ao financiamento e incentivos de projetos.

“Esse movimento [ do Mover] tende a ser benéfico para a WEG, uma vez que nós seguimos desenvolvendo soluções relacionadas aos powertrains e aos packs de bateria, que estão diretamente relacionados ao programa”, disse Rodrigues.

O executivo ressaltou ainda que a WEG está presente em estações de recarga e em infraestrutura de geração, transmissão e distribuição de energia, setores tidos por ele como necessários para o crescimento da mobilidade elétrica no país.

Com relação ao negócio de estações de recarga, André Salgueiro contou que é um mercado em desenvolvimento pela empresa no Brasil e em outros países, através de parcerias com montadoras.

“De tempos em tempos, estamos atualizando o portfólio de produto. Posso dizer que é um negócio que vem crescendo em um ritmo acelerado, mas ainda é relativamente pequeno, dentro da nossa receita consolidada total. Contudo, do ponto de vista de crescimento, é um negócio que está avançando bastante”, ressaltou o diretor de Finanças e Relações com Investidores sobre o assunto.

Veja o resultado da WEG no primeiro trimestre de 2024:

Receita em energia cresce e WEG lucra R$ 1,3 bilhão no primeiro trimestre

(Atualizado em 03/05/2024, às 16h45, para correção de informação)