Óleo e gás

Shell e TotalEnergies fazem troca de ativos no pré-sal

TotalEnergies transferirá à Shell a totalidade de sua participação em Gato do Mato, e receberá 3% da participação da Shell no campo de Lapa

Trabalhador em ativo da Shell Brasil
Trabalhador em ativo da Shell Brasil

A Shell Brasil e a TotalEnergies firmaram acordo para troca de ativos no pré-sal, que amplia a participação de cada empresa nos ativos em que são operadoras. Com a negociação, a TotalEnergies sai do consórcio de Gato do Mato, ao transferir sua fatia de 20% no projeto, em troca de receber da Shell 3% do campo de Lapa.

Assim, a Shell Brasil receberá os 20% de participação da TotalEnergies em Gato do Mato, aumentando a sua fatia no ativo de 50% para 70%. A Shell já era operadora do projeto, que engloba uma parte sob o regime de concessão (BM-S-54) e o contrato de partilha Sul de Gato do Mato, no pré-sal. Dessa forma, o consórcio será formado pela Shell (70%) e Ecopetrol (30%).

O ativo ainda não entrou em produção, o que deve ocorrer por volta de 2029.  Em março deste ano, o consórcio de Gato do Mato anunciou a decisão final de investimento no ativo, com a instalação de uma unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência (FPSO, na sigla em inglês), com capacidade de produção de até 120 mil barris de petróleo por dia. O volume estimado de recursos recuperáveis do projeto Gato do Mato é de aproximadamente 370 milhões de barris.

Por sua vez, a TotalEnergies receberá da Shell Brasil 3% de participação no campo de Lapa, do qual é operadora, ampliando sua fatia de 45% para 48%. Após a conclusão do acordo, o consórcio será formado ainda pela a Shell Brasil (que passa de 30% para 27% de participação) e Repsol Sinopec (25%). O ativo entrou em produção em 2016.

Segundo a TotalEnergies, a produção de Lapa deve aumentar em 25 mil barris por dia até o final do ano, atingindo a marca de 60 mil barris de óleo por dia. “Esta transação está alinhada com nossa estratégia de focar em projetos de baixo custo e baixa emissão, como Atapu 2 e Sépia 2 no Brasil, sancionados em 2024”, declarou em nota Javier Rielo, vice-presidente de Exploração e Produção da TotalEnergies nas Américas.

A transação entra as companhias está sujeita a autorizações regulatórias e condições de fechamento.