Sustentabilidade

Lula propõe governança global para garantir cumprimento de metas ambientais

Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as lideranças políticas do mundo precisam tomar “decisões mais corajosas e rápidas” para a preservação ambiental, e uma “governança global” poderia colaborar com o cumprimento das metas.

O presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro com dirigentes de centrais sindicais, no Palácio do Planalto.
O presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro com dirigentes de centrais sindicais, no Palácio do Planalto.

Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as lideranças políticas do mundo precisam tomar “decisões mais corajosas e rápidas” para a preservação ambiental, e uma “governança global” poderia colaborar com o cumprimento das metas.

“Se você toma uma decisão em benefício do mundo e ela tiver que ser votada internamente pelo seu Congresso Nacional, significa que ninguém vai cumprir. Até hoje os Estados Unidos não cumpriram o Protocolo de Kyoto, o Acordo de Paris não foi cumprido quase em lugar nenhum do mundo”, disse o presidente a jornalistas após participar do Fórum Empresarial Brasil-Catar nesta quinta-feira, 30 de novembro.

Lula viaja hoje aos Emirados Árabes Unidos, para participar da COP28. Segundo o presidente, ele deve propor a criação de um fundo permanente para a preservação ambiental, para garantir que as ações sejam sustentáveis ao longo do tempo.

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“Para manter o planeta habitável e todo mundo confortavelmente bem, não é apenas dar ajuda para não desmatar. É fazer com que se mantenha a floresta em pé para sempre e que se tente reflorestar os lugares que não têm mais floresta. No Brasil, temos mais de 40 bilhões de hectares de terra desmatada e que podemos recuperar”, disse Lula.

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Em seu discurso no Fórum Empresarial, o presidente disse que o Brasil em breve se tornará um “exportador de sustentabilidade” no contexto da transição energética.

“Foi graças a investimentos públicos massivos em pesquisa científica que o Brasil se transformou em menos de 50 anos em uma potência agroambiental. A transição energética é nova oportunidade de repetir essa história de sucesso nas áreas de energia de baixo carbono, reaproveitamento de resíduos, infraestruturas verdes e sociobiodiversidade. Temos imenso potencial nos setores de energia solar, eólica, biocombustíveis e hidrogênio verde”, disse.