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Governo investiga indícios de vandalismo em quedas de três torres de transmissão

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Ministério de Minas e Energia criaram um gabinete para acompanhar ataques em instituições do setor elétrico que possam comprometer o fornecimento de energia à população, no contexto dos ataques violentos registrados no domingo nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, e em diversas regiões do país. Nos últimos dois dias, houve ataques que derrubaram três torres de transmissão, uma em Itaipu e duas em Rondônia. Segundo fontes, foi constatado que atos de vandalismo foram os responsáveis pelos eventos, que não causaram interrupções no fornecimento de energia nas suas regiões.

Governo investiga indícios de vandalismo em quedas de três torres de transmissão

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Ministério de Minas e Energia criaram um gabinete para acompanhar ataques em instituições do setor elétrico que possam comprometer o fornecimento de energia à população, no contexto dos ataques violentos registrados no domingo nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, e em diversas regiões do país. Nos últimos dois dias, houve ataques que derrubaram três torres de transmissão, uma em Itaipu e duas em Rondônia. Segundo fontes, foi constatado que atos de vandalismo foram os responsáveis pelos eventos, que não causaram interrupções no fornecimento de energia nas suas regiões.

As informações estão sendo atualizadas diariamente por meio de boletins enviados pelos concessionários de transmissão ao gabinete liderado pela Aneel.

Na linha de transmissão que faz o escoamento da geração da hidrelétrica de Itaipu, foi encontrada uma torre caída e outras três avariadas a aproximadamente 50 quilômetros da Subestação Foz do Iguaçu. Furnas, concessionária da linha, informou  que na madrugada de domingo para segunda houve o bloqueio automático do Bipolo 2 com cerca de 550 MW, e o montante foi assumido integralmente pelo Bipolo 1. A empresa afirmou que há indícios de vandalismo.

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Em Rondônia, houve queda da torre 724 da linha de transmissão do Polo 3 do ELO CC Coletora Porto Velho / Araraquara 2, que faz o escoamento da energia elétrica das usinas do rio Madeira, Santo Antonio e Jirau. A Evoltz, dona da concessão, informou que há indícios de sabotagem, uma vez que verificaram que dois estais foram cortados. Não houve interrupção da carga.

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Ainda em Rondônia, houve a queda da torre 2119 da linha de transmissão Samuel/Ariquemes C3, da Eletronorte, circuico integrante da interligação Acre-Rondônia ao Sistema Interligado Nacional (SIN). A controlada da Eletrobras informou que há indícios de sabotagem, e que os trabalhos de substituição da torre devem ser concluídos até amanhã, 11 de janeiro. 

Investigação pelo governo é prejudicada

O Ministério de Minas e Energia deve publicar um comunicado oficial sobre os eventos ainda nesta terça-feira, 10 de janeiro. 

O ministro Alexandre Silveira ainda não nomeou os demais cargos da pasta, que se encontra esvaziada, segundo relatos de fontes ouvidas pela MegaWhat. Com a recente crise instaurada, coube à Aneel, com o apoio dos demais órgãos do setor, contribuir com a fiscalização dos eventos registrados.

Ontem, a Aneel enviou ofícios às concessionárias de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, além do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), comunicando a criação do Gabinete de Acompanhamento da Situação do Sistema Elétrico Brasileiro, que vai receber e processar as informações referentes a tentativas ou atos de vandalismo, tanto sob aspecto de integridade física quanto cibernética das instalações do sistema.

Os ofícios pediram que todas as concessionárias – geração, transmissão e distribuição – operacionalizem os planos de contingência relacionados com a integridade física e proteção de dados, e que monitorem riscos de intercorrência em suas instalações. As informações deverão ser enviadas à Aneel duas vezes ao dia pelos próximos 15 dias, indicando qualquer ato, tentativa ou suspeita de ataques às instalações físicas ou à segurança cibernética dos ativos.

Além disso, foi determinado que os agentes suspendam o fornecimento de energia elétrica de possíveis instalações provisórias relacionadas à acampamentos clandestinos de manifestantes, e identifiquem os consumidores responsáveis, para encaminhar as informações às autoridades públicas.

Na tarde dessa terça-feira, o ONS informou, em nota, que nesta época do ano as condições climáticas severas podem ser os motivos das quedas das torres, que seriam consideradas incidentes normais. “Neste momento, as causas estão sendo investigadas pelos respectivos agentes”, disse o operador.

O ONS disse ainda que continua acompanhando a operação e reiterou que não houve impactos no suprimento de energia.