Governança

Com novos atos, governo identifica 16 torres de transmissão danificadas em 11 ocorrências

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou nesta segunda-feira, 23 de janeiro, a atualização de eventos associados a queda de torres no sistema de transmissão, com quatro novas ocorrências informadas desde o último contato com a reportagem da MegaWhat, em 19 de janeiro.

Com novos atos, governo identifica 16 torres de transmissão danificadas em 11 ocorrências

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou nesta segunda-feira, 23 de janeiro, a atualização de eventos associados a queda de torres no sistema de transmissão, com quatro novas ocorrências informadas desde o último contato com a reportagem da MegaWhat, em 19 de janeiro.

A agência contabiliza 11 ocorrências no sistema de transmissão, sendo três em Rondônia, quatro no Paraná, três em São Paulo e uma no Mato Grosso, das quais, quatro torres foram derrubadas e 16 danificadas. Na última quinta-feira, o boletim computava sete ocorrências, com 12 torres danificadas.

“A robustez do sistema aliada ao monitoramento frequente das instalações de transmissão e à vigilância das transmissoras tem apresentado resultados favoráveis no sentido de antecipar avarias nas torres e corrigir os danos sem ocasionar quedas das torres”, diz trecho de nota da Aneel.

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Conforme apuração da reportagem, a ocorrência mais recente foi verificada em 21 de janeiro, no seccionamento da linha de transmissão 765 kV Foz do Iguaçu – Ivaiporã – circuito 1, de Furnas, sem consequências para o Sistema Interligado Nacional (SIN). A torre está localizada a aproximadamente 120 quilômetros da subestação Foz do Iguaçu, no município de São Pedro do Iguaçu, no Paraná.

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As outras três ocorrências foram constatadas em instalações da Copel – D, na cidade de Santa Tereza do Oeste, Paraná, na linha de distribuição de alta tensão 138 kV Cascavel-Toledo/ Cascavel-Concórdia; da Eletronorte, na cidade de Cuiabá, Mato Grosso, na linha de transmissão 230 kV Coxipó/Nobres C1; e da ISA Cteep, em Araras, São Paulo, na linha 132 kV Araras/Porto Ferreira C1 e C2.

Na abertura da primeira reunião pública de diretoria da agência reguladora, nesta terça-feira, 24 de janeiro, o diretor-geral Sandoval Feitosa falou sobre os acontecimentos e a atuação coordenada para identificar os responsáveis e o dolo na ocorrência desses eventos.

“Quero destacar que logo no dia 9 de janeiro, quando houve o evento na Praça dos Três Poderes, a Aneel, em função de alguns eventos no sistema de transmissão, determinou que fossem realizadas ações preventivas e de reforço nas instalações de transmissão e distribuição, para melhorar a segurança dessas instalações. Também determinamos que os acampamentos identificados como clandestinos, e que tivessem ligações de elétricas clandestinas, fossem suspensas, e que os responsáveis pelas ligações que eventualmente pudessem ser identificados, teriam encaminhamento às autoridades públicas, disse Feitosa.

A Aneel também informou que tem interagido e mantido agendas de trabalho com a Polícia Federal (PF), Policia Rodoviária Federal (PRF) e Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no sentido de compartilhamento e troca de informações, além do repasse dessas informações ao Ministério de Minas e Energia.

Até o momento, o suprimento de energia se manteve íntegro, sem o registro de interrupção de transmissão da energia e sem prejuízo aos consumidores do país.

Ações

Durante entrevista ao Antessala, da Agência EPBR, Mario Miranda, presidente da Associação Brasileira das Transmissoras de Energia (Abrate), destacou a confiabilidade do sistema, com flexibilidade operativa, que permite a transferência imediata de carga para outra linha, em caso de interrupção.

Na oportunidade, o presidente da Abrate ainda considerou que a tentativa de danificar uma instalação de transmissão é um ato “de pessoas conhecedoras do evento, porque estamos falando de tensionamento, estais de torres da ordem de mil, dois mil, três mil quilos, e não se faz isso com ferramenta simples, e sim com algum conhecimento de fato”, disse.

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