A Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) apresentou ao governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), cinco propostas para o desenvolvimento do mercado de gás natural no Brasil, durante assembleia geral de associados.
Entre as propostas, a Abegás sugeriu o desenvolvimento de estratégias para a exploração e produção na Margem Equatorial no longo prazo, em linha com o que diz o programa Gás para Empregar, do Ministério de Minas e Energia. Sua viabilidade, segundo a associação, pode garantir segurança energética do país a partir da fonte, além de potencializar o pré-sal.
A entidade ainda recomendou a ampliação das infraestruturas de escoamento da produção e das estações de tratamento das Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGN) e dos gasodutos de transporte, sob o argumento que esse desenvolvimento “é primordial” para ampliação da oferta do insumo.
A ampliação da oferta também foi uma das pautas apresentadas pela associação, com a justificativa de que a expansão pode melhorar as condições comerciais e de competitividade da indústria brasileira.
Neste cenário de ampliação da oferta e aumento de competitividade, a Abegás também defendeu a expansão da indústria química, petroquímica e de fertilizantes como forma de complementar o mercado.
“Olhando para o mundo, o apoio a esta pauta reduz a exposição do Brasil na dependência de fertilizantes e preserva a agriculta brasileira”, diz a Abegás, em nota.
Já a última medida sugerida diz respeito a criação de “corredores azuis” sustentáveis em modais de transporte de carga e em áreas metropolitanas com circulação de caminhões e ônibus, em substituição do óleo diesel por gás. De acordo com a associação, a medida pode trazer benefícios ambientais e socioeconômicos, além disso, a entidade mapeou as principais rodoviais nacionais que podem receber tais corredores.
Segundo Luiz Gavazza, presidente do conselho de administração da Abegás, o governador baiano foi receptivo aos pleitos apresentados, principalmente no que tange o uso do gás natural como matéria-prima e a revitalização da indústria de fertilizantes.
“O governador mostrou entusiasmo com o projeto dos corredores sustentáveis e se comprometeu a levar ao governo federal, através dos ministros e do consórcio dos governadores do Nordeste, toda essa pauta”, afirma Luiz Gavazza, presidente do conselho da associação.
Na visão do presidente-executivo da Abegás, Augusto Salomon, o Brasil precisa de políticas públicas que acelerem a construção de infraestrutura e aumentem a oferta nacional de gás.