Óleo e Gás

Leilão do pré-sal alcança quase R$ 1 bi em bônus de assinatura

Navio-plataforma FPSO Cidade de Paraty no campo de Lula Nordeste na Bacia de Santos *** Local Caption *** O FPSO Cidade de Parati está ancorado em profundidade d`água de 2.120 metros, a cerca de 300 quilômetros da costa
Navio-plataforma FPSO Cidade de Paraty no campo de Lula Nordeste na Bacia de Santos *** Local Caption *** O FPSO Cidade de Parati está ancorado em profundidade d`água de 2.120 metros, a cerca de 300 quilômetros da costa

Terminou há pouco a sessão pública de apresentação de ofertas do 1º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha, com um total de quatro blocos negociados, gerando uma arrecadação total de R$ 916,2 milhões em bônus de assinatura. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os investimentos previstos nas áreas somam R$ 432 milhões. Sete blocos não tiveram ofertas.

No primeiro bloco em disputa, a área de “Água-Marinha”, na Bacia de Campos, o consórcio formado por TotalEnergies, Petronas e Qatar Energy ofereceu a melhor proposta, ofertando 42,4% de óleo lucro para a União, batendo o consórcio formado por Petrobras e Shell. A estatal brasileira, porém, exerceu o direito de preferência e assumirá a operação do bloco, com 30% de participação. A TotalEnergies também terá 30%, enquanto Petronas e Qatar Energy ficarão com 20% cada.

A Petrobras venceu a disputa pelo segundo bloco, Norte de Brava, na Bacia de Campos, com oferta de óleo lucro a União de 61,71%, superando a proposta do consórcio Equinor/Petronas.

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A BP arrematou a área de Bumerangue, na Bacia de Santos, oferecendo óleo lucro para a União de 5,9%, sem concorrência. Também sem disputa, o consórcio Petrobras (60%)/ Shell (40%) venceu o bloco Sudoeste de Sagitário, na Bacia de Santos, com oferta de óleo lucro para a União de 25%.

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Não houve ofertas para os blocos de Itaimbezinho e Turmalina, ambos na Bacia de Campos. Também não receberam ofertas os blocos de Ágata, Cruzeiro do Sul, Esmeralda, Jade e Tupinambá, na Bacia de Santos.

Protestos

O leilão ocorreu sob protestos de organizações não-governamentais (ONGs). O Instituto Arayara, o Observatório do Petróleo e Gás, a Coalizão Não Fracking Brasil, a Coalizão Energia Limpa e o Observatório do Clima enviaram nota técnica para o Ibama defendendo a retirada dos blocos do leilão, alegando os potenciais impactos socioambientais e econômicos da expansão da atividade petrolífera na região.

Na última quarta-feira, 14 de dezembro, o Arayara ingressou com ação civil pública na Justiça Federal de Brasília contra a realização do leilão.

*Texto atualizado às 10h16, para inclusão de informações.