Óleo e Gás

Após problemas, PetroReconcavo avalia alternativas para escoamento e resiliência elétrica

A PetroReconcavo está implementando ações para escoar por via rodoviária a sua produção no Rio Grande do Norte e estuda alternativas para ter mais resiliência elétrica em suas operações. A estratégia vem após problemas na UPGN Guamaré, ainda no quarto trimestre de 2023, que continuaram impactando a produção no primeiro trimestre de 2024, e após a interrupção na produção por falta de abastecimento elétrico em decorrência de fortes chuvas na Bahia e no Rio Grande do Norte.

Após problemas, PetroReconcavo avalia alternativas para escoamento e resiliência elétrica

A PetroReconcavo está implementando ações para escoar por via rodoviária a sua produção no Rio Grande do Norte e estuda alternativas para ter mais resiliência elétrica em suas operações. A estratégia vem após problemas na UPGN Guamaré, ainda no quarto trimestre de 2023, que continuaram impactando a produção no primeiro trimestre de 2024, e após a interrupção na produção por falta de abastecimento elétrico em decorrência de fortes chuvas na Bahia e no Rio Grande do Norte.

As informações foram passadas pelo presidente da companhia, José Firmo, em teleconferência com acionistas realizada nesta quinta-feira, 9 de maio. “Ressalto, uma vez mais, a importância de estarmos realizando uma análise robusta sobre resiliência climática das nossas operações e estarmos desenhando e implementando um plano plurianual de aumento de confiabilidade elétrica”, disse o executivo na reunião.

Em relação ao escoamento rodoviário, a empresa está construindo uma estação para carregamento de caminhões no Rio Grande do Norte. O projeto já concluiu a fase de obtenção de licenças ambientais e as obras já foram iniciadas. A expectativa é que ainda neste ano a instalação esteja operacional, com a possibilidade de escoar a produção do estado por via rodoviária em caso de indisponibilidade de instalações de terceiros, “de tal forma a termos a possibilidade de não precisarmos mais fechar nossas operações, nossa produção no Rio Grande do Norte”, disse Firmo na reunião.

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Para resiliência elétrica, a PetroReconcavo espera elaborar um “programa robusto de proteção elétrica” para ter mais resistência na produção nos próximos trimestres e, especialmente, no período de chuvas do próximo ano.

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Outros planos de infraestrutura da companhia estão relacionados à unidade de tratamento de gás (UTG) São Roque, localizada na Bahia, que deverá aumentar a capacidade de processamento de gás natural em até 400 mil m³ por dia e reduzir os custos de escoamento e processamento do gás. A estrutura aguarda licença de operação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Além disso, a empresa estuda a implementação de uma unidade de processamento de gás natural (UPGN) no Rio Grande do Norte, o que reduziria custos no midstream e viabilizaria a continuidade da operação de produção. Sobre este projeto, há um memorando de entendimento (MoU) assinado com a Enerflex, que construiu a UTG São Roque, para estudos de viabilidade na região. Entretanto, a preferência da PetroReconcavo seria um acordo de longo prazo para continuar utilizando a UPGN de Guamaré, da 3R Petroleum. A decisão deve ser tomada até o final deste ano.

Para os próximos trimestres, a PetroReconcavo espera ter maior geração de caixa livre, após fase de maior investimento na expansão da capacidade de execução. A companhia também assinou, no começo de abril, contrato com a GNLink para comercialização de gás natural liquefeito (GNL), com a construção de estação de liquefação de gás no Rio Grande do Norte – a primeira do estado – com capacidade para 100 mil m³ de gás por dia e com possibilidade de expansão. “Esse projeto representa para a PetroReconcavo uma nova rota de escoamento da sua produção de gás e estaremos monitorando e dando suporte à GNLink para assegurar a implementação dessa inovação na utilização de gás natural no Rio Grande do Norte”, disse Firmo.

Resultados

Com as medidas de resiliência e logística, a PetroReconcavo espera evitar tropeços na produção como os que ocorreram nos dois últimos trimestres e que impactaram a produção e o custo de extração (lifting cost) entre janeiro e março de 2024.

A empresa teve aumento na produção no trimestre, que aumentou 8% na comparação anual, a 26,3 mil barris de óleo equivalente por dia, mas avalia que a performance poderia ter sido melhor sem os gargalos de estrutura. A produção também foi inferior à do terceiro trimestre de 2023. O custo de extração aumentou 3% no ano, fechando o trimestre a US$ 13,33 por barril.

O lucro líquido da empresa foi de R$ 110 milhões, com redução de 45% em relação ao primeiro trimestre de 2023. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 355,3 milhões no período, com avanço de 6% na comparação anual.