A produção líquida brasileira de gás natural no pré-sal vai crescer nos próximos anos, exigindo investimentos em novas unidades de processamento de gás natural (UPGNs) para rotas do combustível, ou a ampliação das existentes. A previsão é do novo caderno de Gás Natural do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2032, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
A partir de 2026, o documento aponta uma expressiva produção nas bacias de Sergipe-Alagoas, Campos e Santos. A produção no Nordeste vai exigir uma expressiva ampliação da capacidade de processamento na região, em especial no Sergipe.
Em relação a demanda total, a EPE projeta crescimento para o mercado, chegando aos 126 milhões de m³/dia, sendo 52 milhões de m³/dia em demanda não termelétrica, e 49 milhões de m³/dia em demanda termelétrica máxima. A ressalva da entidade fica para o período entre 2024 e 2025, quando ocorrerá uma queda devido ao término do contrato de algumas termelétricas. Para 2022, a demanda total deve terminar em 101 milhões de m³/dia.
Considerando a trajetória de referência prevista, o preço ao consumidor final deve se manter em queda ao longo do decênio, saindo de US$ 14,40/MMBtu em 2022 para US$ 10,03/MMBtu em 2032. Esse cenário considera a negociação da molécula em hubs que vão compor a base de oferta, promovendo acesso dos clientes finais a um portfólio diversificado com diferentes critérios para prazos, flexibilidade e volume.