Óleo e gás

BP anuncia no pré-sal sua maior descoberta em 25 anos

Navio-sonda Valaris Renaissance, urilizado pela BP no bloco Bumerangue
Navio-sonda Valaris Renaissance, urilizado pela BP no bloco Bumerangue

A BP anunciou a descoberta de hidrocarbonetos no bloco Bumerangue, no pré-sal da Bacia de Santos. O poço exploratório pioneiro 1-BP-13-SPS, com profundidade total de 5.855 metros, atingiu um reservatório “de alta qualidade”, com uma extensão de área superior a 300 km2, informa a empresa.

Os primeiros resultados de análise indicam níveis elevados de dióxido de carbono. Agora, a empresa iniciará análises laboratoriais para caracterizar melhor o reservatório e os fluidos descobertos, o que fornecerá informações sobre o potencial comercial de Bumerangue.

Segundo a empresa, esta é sua maior descoberta em 25 anos. A BP atua em Bumerangue sozinha, apenas com a gestão da Pré-Sal Petróleo SA (PPSA) por ser um contrato de partilha de produção. Neste campo, o percentual de excedente em óleo da União é de 5,9%. “A BP adquiriu o bloco em dezembro de 2022, durante a Primeira Rodada de Oferta Permanente de Partilha de Produção da [da Agência nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis] ANP, com termos comerciais muito favoráveis”, diz comunicado da empresa.

O vice-presidente de Produção e Operações da BP, Gordon Birrell, celebrou a descoberta em Bumerangue e declarou que a empresa pretende explorar o potencial de estabelecer um hub de produção significativo e vantajoso no Brasil.  No país, a BP tem detém participação em oito blocos offshore, sendo operadora em quatro deles. O poço de avaliação da descoberta Alto de Cabo Frio Central (BP 50%, Petrobras 50% de participação e operadora) foi recentemente perfurado. Além da campanha de perfuração do bloco Bumerangue neste ano, está planejado um poço de exploração para o bloco Tupinambá em 2026. Tanto Alto de Cabo Frio Central quanto Tupinambá ficam no pré-sal.

Em todo o mundo, Bumerangue é a décima descoberta da BP em 2025 até o momento. A empresa planeja aumentar sua produção global de upstream para entre 2,3 milhões e 2,5 milhões de barris de óleo equivalente por dia em 2030, com capacidade para aumentar a produção até 2035.