A oferta global de petróleo deve chegar aos 1,2 mb/d, liderada pelo Brasil e Estados Unidos. Segundo novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), os países ajudaram no crescimento modesto da oferta de petróleo em abril, compensando ligeiramente os cortes anunciados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep +). No mês, a oferta global de petróleo caiu 230 kb/d, resultando em 101,1 mb/d.
“De abril a dezembro, a oferta de petróleo da OPEP+ deve cair 850 kb/d, enquanto os não-OPEP+ devem aumentar 710 kb/d. Para 2023, a oferta global de petróleo se expande em 1,2 mb/d, liderada pelos Estados Unidos e Brasil”, aponta documento.
Já as exportações da commodity da Rússia chegaram aos 8,3 milhões de bpd no período, o maior volume desde a invasão da Ucrânia, gerando ao país uma receita de US$ 15 bilhões. Segundo o documento, a Rússia pode estar aumentando os volumes em sua produção para compensar a perda de receitas, ao mesmo tempo que parece ter “poucos problemas para encontrar compradores”.
Para maio, a agência prevê perdas mais acentuadas devido aos incêndios florestais no Canadá e em possíveis cortes extras de alguns produtores da OPEP+, que deve cair 850 kb/d até o final do ano.
No caso da demanda global de petróleo, o volume deve alcançar os 2,2 milhões de barris por dia, com uma recuperação da China ainda mais forte do que o esperado. O país deve ser responsável por quase 60% do crescimento global em 2023, conforme relatório. O documento disse também que a demanda total ficaria em 102 milhões de barris por dia, 100 mil barris por dia a mais do que o previsto no mês passado.
“A demanda recorde na China, Índia e Oriente Médio no início do ano mais que compensou a fraca atividade industrial e o uso de petróleo na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Este último, responde por apenas 15% do crescimento este ano, sustentado pelos gastos do consumidor e pela mobilidade pessoal. No geral, a demanda mundial de petróleo está definida para uma média de 102 mb/d em 2023, 1,3 mb/d a mais que em 2019”, conclui a IEA.
